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Samarco levará 6 meses para ter avaliações iniciais

A Samarco calcula que levará seis meses para ter avaliações iniciais sobre as causas do rompimento da barragem da em Mariana, em Minas Gerais


	Destruição provocada pelo rompimento de barragens da Samarco: há pouca visibilidade sobre qual será o destino da empresa, segundo avaliação de analistas do BTG Pactual
 (Ricardo Moraes/Reuters)

Destruição provocada pelo rompimento de barragens da Samarco: há pouca visibilidade sobre qual será o destino da empresa, segundo avaliação de analistas do BTG Pactual (Ricardo Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2015 às 20h42.

Rio de Janeiro - A mineradora Samarco calcula que levará seis meses para ter avaliações iniciais sobre as causas do rompimento da barragem da em Mariana, em Minas Gerais, o que traz pouca visibilidade sobre qual será o destino da empresa, segundo avaliação de analistas do BTG Pactual que participaram de teleconferência nesta quinta-feira.

Dentre as alternativas para a companhia no futuro, estão o retorno da produção na usina de pelotização da companhia em Ubu, no Espírito Santo, com o consumo de minério de terceiros, e a restauração da produção da mina de Germano na região, relatou o analista do BTG Pactual Caio Ribeiro em e-mail a clientes.

Entretanto, Ribeiro destacou que executivos da companhia voltaram a frisar que a prioridade, neste momento, é mitigar os impactos ambientais, promover suporte humanitário para as comunidades locais e assegurar a segurança das barragens de Germano e Santarém.

O colapso da barragem de Fundão, da Samarco, causou impactos em uma área de aproximadamente 488 quilômetros, 11 comunidades e 7.763 pessoas, disseram executivos da Samarco, segundo Ribeiro. Os bombeiros ainda buscam 12 pessoas desaparecidas na lama que vazou da estrutura e sete mortos foram identificados.

A dívida da Samarco tem um perfil de maturidade média de 5,4 anos, com nenhuma concentração relevante de vencimentos até 2018. Mas a companhia prevê que a sua posição de caixa de 900 milhões de dólares é suficiente para cobrir obrigações até 2017. "2018 será o momento de maior desafio e a empresa está em negociações constantes com os bancos e os bondholders", afirmou Ribeiro, no e-mail para clientes. A Samarco pode continuar a operar a um custo muito baixo, explicou a companhia, segundo Ribeiro.

A Samarco é uma joint venture formada pela brasileira Vale, em parceria com a anglo-australiana BHP Billiton.

Na avaliação de Ribeiro, os baixos preços do minério de ferro também permanecem como fonte de preocupação para a Vale, e a empresa poderá zerar os dividendos para 2016. Segundo o analista, mesmo com a redução de custos em curso pela empresa, a falta de visibilidade sobre os preços do minério de ferro torna o cenário bastante difícil.

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