Testes covid-19: o exame identifica se a pessoa possui anticorpos contra o coronavírus, o que indica se ela já teve ou tem a doença (Andressa Anholete/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 3 de maio de 2020 às 11h45.
Última atualização em 5 de maio de 2020 às 14h04.
A Roche pretende dobrar a produção e fazer mais de 10 milhões de testes para o coronavírus por mês até o final de 2020. A farmacêutica suíça recebeu neste domingo (3) a aprovação da FDA (Food and Drug Administration) para o exame de covid-19 que desenvolveu.
Com uma amostra de sangue, o exame identifica se a pessoa já foi infectada pelo novo coronavírus e se possui anticorpos para a doença.
Segundo a farmacêutica, o teste Elecsys Anti-SARS-CoV-2 tem uma taxa de acertos de 99,8% em casos positivos. A maioria dos testes rápidos utilizados no mundo todo tem uma margem de erro bem alta, de até 70% em casos de falso-negativo. A empresa afirmou que já começou a enviar o novo teste de anticorpos para os principais laboratórios do mundo.
A testagem em massa é uma das principais estratégias no combate à covid-19. Ao mapear quem foi e quem não foi infectado pelo novo coronavírus, é possível adotar medidas de restrição mais acertivas. O método mostrou eficácia e alguns países como a Nova Zelândia e a Coreia do Sul já conseguiram conter a disseminação da doença.
Em uma comparação, a Coreia do Sul e os Estados Unidos registraram o primeiro caso de covid-19 exatamente no mesmo dia, em 20 de janeiro. Até a primeira semana de março, os norte-americanos tinham feito cerca de 4 mil testes, já os asiáticos tinham testado mais de 200 mil pessoas.
Hoje, a Coreia do Sul tem pouco mais de 1400 infectados e 250 mortes. Enquanto isso, os Estados Unidos é o país mais afetado pelo coronavírus, com mais de 1 milhão de casos e mais de 66 mil mortes.