RIOgaleão cobra empréstimo de longo prazo do BNDES
O interesse do consórcio em novos leilões de aeroportos no país este ano está condicionado à liberação de um financiamento de longo prazo do BNDES ao grupo
Da Redação
Publicado em 4 de abril de 2016 às 17h02.
Rio de Janeiro - O interesse do consórcio RIOgaleão em novos leilões de aeroportos no país este ano está condicionado à liberação de um financiamento de longo prazo do BNDES ao grupo, afirmou nessa segunda feira o presidente da concessionária, Luiz Rocha.
O executivo disse que desde depois do consórcio assumir o controle do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, o grupo conversa com o BNDES sobre a liberação de cerca de 2 bilhões de reais em forma de financiamento de longo prazo.
Até agora, o banco de fomento repassou ao consórcio cerca de 1,1 bilhão de reais em forma de empréstimo-ponte até que haja uma definição do empréstimo de longo prazo.
"Nós acionistas estamos dialogando com o BNDES e esperamos que isso seja concluído proximamente, talvez em duas semanas haja uma solução", disse Rocha a jornalistas ao destacar que o financiamento de longo prazo foi uma promessa do governo federal para atrair a participação de grupos nacionais e estrangeiros para o leilão do aeroporto fluminense.
O consórcio assumiu a operação do Galeão em agosto de 2014, após leilão ocorrido em novembro 2013 em que venceu com oferta de 19,018 bilhões de reais, quase quatro vezes maior que o lance mínimo definido pelo governo federal.
"Acredito que o apetite para futuras concessões, caso não se concretize (o empréstimo de longo prazo do BNDES), se reduza", disse Rocha ao ser questionado sobre os planos da empresa sobre as novas concessões de aeroportos que o governo federal pretende realizar neste ano.
O governo quer licitar neste ano as concessões dos aeroportos de Fortaleza, Salvador, Florianópolis e Porto Alegre. O RIOgaleão é formado pela operadora Changi Airports International, de Cingapura, e pela empresa de infraestrutura logística Odebrecht TransPort, do grupo Odebrecht, envolvido nas investigações da operação Lava Jato.
Ao ser questionado se a liberação do empréstimo estaria sendo dificultada pelos desdobramentos ligados à Lava Jato, Rocha afirmou que a demora se deve à questão de garantias.
"Nossa previsão era fechar isso no fim do ano passado... Seriam 1,6 bilhão de reais em financiamento e uma emissão de debêntures de 400 milhões. Tem se debatido muito sobre as exigências de garantias e a situação econômica brasileira tem impacto na liberação", afirmou Rocha.
"A Odebrecht TransPort não tem envolvimento com a Lava Jato, mas não posso afirmar se do ponto de vista de garantias e exigências do banco isso tem influência, mas a situação do Brasil como um todo tem", acrescentou o executivo.
Procurado, o BNDES informou que o projeto de empréstimo de longo prazo ao RIOgaleão está "em fase de análise para ser encaminhado à diretoria".
No próximo mês, a RIOgaleão espera inaugurar a expansão do Galeão, que vai aumentar a capacidade do terminal dos atuais 17 milhões para 30 milhões de passageiros ao ano.
Diante do cenário econômico e demanda em queda, a capacidade total ampliada do aeroporto só deve ser atingida em 8 anos, afirmou Rocha, acrescentando que o movimento do aeroporto durante as Olimpíadas deve ter um acréscimo de 1,5 milhão de pessoas.
Rio de Janeiro - O interesse do consórcio RIOgaleão em novos leilões de aeroportos no país este ano está condicionado à liberação de um financiamento de longo prazo do BNDES ao grupo, afirmou nessa segunda feira o presidente da concessionária, Luiz Rocha.
O executivo disse que desde depois do consórcio assumir o controle do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, o grupo conversa com o BNDES sobre a liberação de cerca de 2 bilhões de reais em forma de financiamento de longo prazo.
Até agora, o banco de fomento repassou ao consórcio cerca de 1,1 bilhão de reais em forma de empréstimo-ponte até que haja uma definição do empréstimo de longo prazo.
"Nós acionistas estamos dialogando com o BNDES e esperamos que isso seja concluído proximamente, talvez em duas semanas haja uma solução", disse Rocha a jornalistas ao destacar que o financiamento de longo prazo foi uma promessa do governo federal para atrair a participação de grupos nacionais e estrangeiros para o leilão do aeroporto fluminense.
O consórcio assumiu a operação do Galeão em agosto de 2014, após leilão ocorrido em novembro 2013 em que venceu com oferta de 19,018 bilhões de reais, quase quatro vezes maior que o lance mínimo definido pelo governo federal.
"Acredito que o apetite para futuras concessões, caso não se concretize (o empréstimo de longo prazo do BNDES), se reduza", disse Rocha ao ser questionado sobre os planos da empresa sobre as novas concessões de aeroportos que o governo federal pretende realizar neste ano.
O governo quer licitar neste ano as concessões dos aeroportos de Fortaleza, Salvador, Florianópolis e Porto Alegre. O RIOgaleão é formado pela operadora Changi Airports International, de Cingapura, e pela empresa de infraestrutura logística Odebrecht TransPort, do grupo Odebrecht, envolvido nas investigações da operação Lava Jato.
Ao ser questionado se a liberação do empréstimo estaria sendo dificultada pelos desdobramentos ligados à Lava Jato, Rocha afirmou que a demora se deve à questão de garantias.
"Nossa previsão era fechar isso no fim do ano passado... Seriam 1,6 bilhão de reais em financiamento e uma emissão de debêntures de 400 milhões. Tem se debatido muito sobre as exigências de garantias e a situação econômica brasileira tem impacto na liberação", afirmou Rocha.
"A Odebrecht TransPort não tem envolvimento com a Lava Jato, mas não posso afirmar se do ponto de vista de garantias e exigências do banco isso tem influência, mas a situação do Brasil como um todo tem", acrescentou o executivo.
Procurado, o BNDES informou que o projeto de empréstimo de longo prazo ao RIOgaleão está "em fase de análise para ser encaminhado à diretoria".
No próximo mês, a RIOgaleão espera inaugurar a expansão do Galeão, que vai aumentar a capacidade do terminal dos atuais 17 milhões para 30 milhões de passageiros ao ano.
Diante do cenário econômico e demanda em queda, a capacidade total ampliada do aeroporto só deve ser atingida em 8 anos, afirmou Rocha, acrescentando que o movimento do aeroporto durante as Olimpíadas deve ter um acréscimo de 1,5 milhão de pessoas.