RIM vai produzir BlackBerry na Argentina
Empresa vai gastar US$ 23 milhões para fazer o aparelho na Tierra del Fuego
Da Redação
Publicado em 26 de julho de 2011 às 12h53.
Buenos Aires - A política argentina de fechar as importações para forçar as empresas a produzir no país tem surtido efeitos. Ao mesmo tempo em que a Research in Motion (RIM), fabricante dos smartphones Blackberry, anuncia a demissão de 11% (2 mil vagas) do quadro mundial de funcionários, a presidente Cristina Kirchner recebeu a comunicação de que a companhia canadense investirá US$ 23 milhões na Argentina para produzir o BlackBerry na zona franca de Tierra del Fuego.
A decisão de investimento é um reflexo da proibição das importações. No segundo trimestre, a RIM não conseguiu exportar nenhum aparelho para o país. A grande maioria dos celulares BlackBerry vendidos na Argentina é de fabricação brasileira. A participação da marca no país no segmento de smartphones é de 40%. A segunda maior fatia de participação é da Nokia (15%), seguida por Motorola (11%), LG (10%), Samsung (10%) e Sony Ericsson (9%). Os restantes 5% estão pulverizados em outras marcas, segundo pesquisa da consultoria Carrier.
Todas essas marcas passaram a ser produzidas no país devido às dificuldades com a aduana para a entrada dos celulares. Desde o mês passado as companhias telefônicas e as redes de revendedores suspenderam as importações e as vendas dos aparelhos iPhone, mas a Apple se mantém fora do país.
A unidade da RIM entra em operação no dia 1.º de outubro na Patagônia e projeta uma produção inicial de 750 mil unidades por ano, com geração de 300 empregos.
Cálculos do Ministério de Indústria, baseados nas vendas de 2010, indicam que a produção local vai substituir importações no valor de US$ 200 milhões no primeiro ano. Em 2010, foram vendidas 533 mil unidades de BlackBerry na Argentina, equivalentes a US$ 140 milhões. O market share do BlackBerry na América Latina é similar ao da Argentina, entre 40% e 50%, fatia muito superior do que ocorre em outras regiões. O Blackberry perdeu mercado para outros telefones inteligentes que funcionam com os sistemas da Apple e do Google (Android) na Europa e nos Estados Unidos, onde tem uma participação de 20% e 15%, respectivamente, conforme dados do ministério argentino.
O mercado estima que a reorganização da RIM em nível mundial foi uma consequência da queda do preço de suas ações - de mais de 50% desde o início do ano -, devido às menores exportações e vendas. Para a produção argentina, a RIM se associou à local Brightstar, que produz atualmente a marca Motorola.
"O processo produtivo será similar ao das unidades do México e Brasil e vai abastecer 70% da demanda nacional de BlackBerry, podendo chegar a 80% com a incorporação de outros modelos da companhia", informou a ministra da Indústria, Débora Giorgi, por meio de nota distribuída à imprensa. Desta forma, a Argentina será o nono país no mundo a produzir para a RIM e o segundo na América do Sul, depois do Brasil.
Buenos Aires - A política argentina de fechar as importações para forçar as empresas a produzir no país tem surtido efeitos. Ao mesmo tempo em que a Research in Motion (RIM), fabricante dos smartphones Blackberry, anuncia a demissão de 11% (2 mil vagas) do quadro mundial de funcionários, a presidente Cristina Kirchner recebeu a comunicação de que a companhia canadense investirá US$ 23 milhões na Argentina para produzir o BlackBerry na zona franca de Tierra del Fuego.
A decisão de investimento é um reflexo da proibição das importações. No segundo trimestre, a RIM não conseguiu exportar nenhum aparelho para o país. A grande maioria dos celulares BlackBerry vendidos na Argentina é de fabricação brasileira. A participação da marca no país no segmento de smartphones é de 40%. A segunda maior fatia de participação é da Nokia (15%), seguida por Motorola (11%), LG (10%), Samsung (10%) e Sony Ericsson (9%). Os restantes 5% estão pulverizados em outras marcas, segundo pesquisa da consultoria Carrier.
Todas essas marcas passaram a ser produzidas no país devido às dificuldades com a aduana para a entrada dos celulares. Desde o mês passado as companhias telefônicas e as redes de revendedores suspenderam as importações e as vendas dos aparelhos iPhone, mas a Apple se mantém fora do país.
A unidade da RIM entra em operação no dia 1.º de outubro na Patagônia e projeta uma produção inicial de 750 mil unidades por ano, com geração de 300 empregos.
Cálculos do Ministério de Indústria, baseados nas vendas de 2010, indicam que a produção local vai substituir importações no valor de US$ 200 milhões no primeiro ano. Em 2010, foram vendidas 533 mil unidades de BlackBerry na Argentina, equivalentes a US$ 140 milhões. O market share do BlackBerry na América Latina é similar ao da Argentina, entre 40% e 50%, fatia muito superior do que ocorre em outras regiões. O Blackberry perdeu mercado para outros telefones inteligentes que funcionam com os sistemas da Apple e do Google (Android) na Europa e nos Estados Unidos, onde tem uma participação de 20% e 15%, respectivamente, conforme dados do ministério argentino.
O mercado estima que a reorganização da RIM em nível mundial foi uma consequência da queda do preço de suas ações - de mais de 50% desde o início do ano -, devido às menores exportações e vendas. Para a produção argentina, a RIM se associou à local Brightstar, que produz atualmente a marca Motorola.
"O processo produtivo será similar ao das unidades do México e Brasil e vai abastecer 70% da demanda nacional de BlackBerry, podendo chegar a 80% com a incorporação de outros modelos da companhia", informou a ministra da Indústria, Débora Giorgi, por meio de nota distribuída à imprensa. Desta forma, a Argentina será o nono país no mundo a produzir para a RIM e o segundo na América do Sul, depois do Brasil.