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Renault vai ampliar SUVs produzidos no Brasil

A Renault vai produzir novos veículos utilitários esportivos em sua fábrica no Paraná, de olho em uma potencial retomada do crescimento do mercado interno


	Renault: a montadora francesa vai produzir na unidade de São José dos Pinhais (PR) o utilitário esportivo Captur e o compacto Kwid
 (Andrey Rudakov/Bloomberg)

Renault: a montadora francesa vai produzir na unidade de São José dos Pinhais (PR) o utilitário esportivo Captur e o compacto Kwid (Andrey Rudakov/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2016 às 18h04.

São José dos Pinhais - A montadora francesa Renault vai produzir novos veículos utilitários esportivos em sua fábrica no Paraná, de olho em uma potencial retomada do crescimento do mercado interno nos próximos anos e com foco em elevar sua fatia de mercado nos próximos anos.

O presidente-executivo do grupo Renault-Nissan, Carlos Ghosn, afirmou em entrevista a jornalistas nesta terça-feira que a montadora francesa vai produzir na unidade de São José dos Pinhais (PR) o utilitário esportivo Captur e o compacto Kwid, que devem chegar ao mercado brasileiro em 2017.

Ghosn afirmou ainda que a Renault vai passar a vender no Brasil no próximo ano o SUV Koleos, importado.

Atualmente, a fábrica da Renault em São José dos Pinhais produz os modelos Sandero, Logan, Duster e a picape Duster Oroch.

Segundo o executivo, a Renault tem meta de obter 8 por cento do mercado brasileiro de veículos, mas vê potencial para atingir 10 por cento. Ghosn não precisou quando o percentual poderia ser alcançado.

A Renault terminou julho com uma participação acumulada neste ano de 7,4 por cento do mercado brasileiro de carros e comerciais leves, atrás de Ford (8,65%), Toyota (9,09%), Hyundai (9,95%), Volkswagen(13,17%), Fiat (15,32%) e General Motors(16,62%). Um ano antes, a fatia da Renault era de 7,08 por cento.

"Hoje a recuperação do mercado brasileiro é uma grande esperança para a gente. Acho que ninguém acredita que o mercado brasileiro vai ficar em 2 milhões de carros", disse Ghosn em referência à projeção da associação de montadoras, Anfavea, para as vendas de veículos no Brasil este ano, que implica em queda 19 por cento sobre 2015.

"Acho que 2 milhões de carros por ano não representa o mercado do Brasil, que eu coloco como 3,5 milhões a 4 milhões" de veículos, acrescentou.

"Como vemos hoje, esse mercado vai para uma alta", disse Ghosn.

Mais cedo, a associação de concessionárias Fenabrave informou que as vendas de carros e comerciais leves no Brasil em julho tiveram alta de 5 por cento sobre junho, mas recuaram 20,3 por cento sobre o mesmo mês do ano passado, a 174,8 mil unidades.

No acumulado do ano até julho, as vendas do segmento têm baixa de 24,4 por cento, a 1,126 milhão de veículos.

Ghosn também confirmou que todos os investimentos anunciados pela Renault para o Brasil estão mantidos, apesar da forte queda nas vendas do mercado interno. Um primeiro ciclo de investimentos (2010-2015), no valor de 1,5 bilhão de reais, foi concluído antes do previsto e o segundo ciclo (2014-2019), de 500 milhões de reais segue dentro do planejado.

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