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Reconstrução da PDG será com dívida menor e venda de ativos

Em teleconferência, construtora falou dos próximos passos e da pretensão de retomar crescimento a partir do terceiro trimestre


	PDG Realty: companhia registrou um prejuízo líquido de R$ 410 milhões de janeiro a março
 (Jonne Roriz/EXAME)

PDG Realty: companhia registrou um prejuízo líquido de R$ 410 milhões de janeiro a março (Jonne Roriz/EXAME)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 13 de maio de 2016 às 11h47.

São Paulo – Renegociação de dívidas e vendas de ativos são a base do plano de retomada dos negócios da PDG Realty, apontou a empresa hoje em teleconferência com analistas.

A construtora registrou um prejuízo líquido de R$ 410 milhões de janeiro a março, valor 153,9% maior que o registrado no mesmo período do ano anterior.

Ainda assim, o resultado é bem menor ao prejuízo de R$ 1,97 bilhão registrado de outubro a dezembro de 2015.

Para voltar a construir uma operação mais sólida, a companhia renegociou R$ 3,7 bilhões, o equivalente a quase 60% de sua dívida bruta, com Banco do Brasil, Bradesco, CEF e Itaú.

O memorando de entendimento ainda engloba o alongamento das dívidas corporativas em 48 meses e a carência de 12 a 24 meses para o vencimento das dívidas com produção.

“Também teremos apoio da Vinci, um dos nossos principais acionistas, com o aporte de R$ 50 milhões, que deve ser feito nos próximos dias”, disse Márcio Trigueiro, presidente da PDG.

De acordo com explicação de Trigueiro, a construtora freou os investimentos em marketing, renegociações de contratos e lançamentos por falta de verba, nos últimos tempos.

“A pressão em nosso caixa livre era muito grande e agora teremos flexibilidade para negociar mais distratos e voltar a investir para crescer a partir do terceiro trimestre”, afirmou.

Venda de ativos

Além do alongamento de boa parte da dívida, a PDG assinou o contrato de venda dos 58% do capital social da empresa de shopping centers REP, no valor de R$ 34 milhões.

O negócio, previsto para ser concluído no segundo semestre, será pago por meio de unidades imobiliárias na cidade de São Paulo e incluirá a redução de R$ 237 milhões da dívida líquida.

A venda ainda precisa passar por aprovação do CADE e dos credores das duas companhias.

Os distratos, contratos de vendas que tiveram de ser renegociados com clientes, e um dos desafios do setor frente à crise, avançaram no período.

Até março, a construtora afirma ter conseguido negociar R$ 300 milhões, o equivalente a 32% do que a empresa tem hoje em sua carteira.

A velocidade de revenda das unidades distratadas foi de 80% nos últimos doze meses.

“Esperamos um volume menor no próximo trimestre, mas um avanço bem significativo a partir de julho”, afirmou Trigueiro.

Com a amortização da dívida, o caixa menos pressionado e a retomada da procura por imóveis, o executivo acredita que a companhia poderá vislumbrar a melhoria de margem.

O ebitda da PDG, indicador que mede a eficiência operacional, ficou em -111,8% no começo de 2016, contra valor positivo de 7,2% no igual intervalo do ano passado.

“Fizemos cortes para nos adequar ao porte que precisamos para operar nesse novo cenário”, afirmou Márcio. “Estamos prontos para a retomada do setor e da economia”.

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