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PT e PSDB fecham acordo durante campanha em BH

"Acordo de cavalheiros" quer evitar confusão entre militantes dos partidos neste sábado

Aécio Neves (PSDB) durante uma carreta e caminhada na cidade de Montes Claros, em Minas Gerais (Bruno Magalhães/Coligação Muda Brasil/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2014 às 21h25.

Belo Horizonte - As direções do PSDB e PT mineiros fizeram uma espécie de "acordo de cavalheiros" para evitar confusão entre militantes dos dois partidos neste sábado, 13, em Belo Horizonte.

O presidenciável tucano, senador Aécio Neves (MG), e a presidente Dilma Rousseff, que disputa a reeleição, terão agendas na capital mineira neste sábado e os roteiros elaborados pelas campanhas petista e tucana têm pontos de cruzamento.

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Aécio e Dilma intensificaram as agendas em Minas, segundo colégio eleitoral do País, e ambos já estiveram na capital mineira na semana passada.

Neste sábado, Aécio, que tem no Estado seu principal reduto eleitoral mas aparece atrás da petista nas pesquisas de intenção de voto, vai se encontrar com a militância pela manhã na Praça do Papa, ao pé da Serra do Curral, onde assinará, ao lado do candidato do PSDB ao governo de Minas, Pimenta da Veiga, um Pacto pela Juventude e Igualdade Racial.

gEm seguida, os tucanos farão uma carreata pela avenida Afonso Pena, uma das maiores e mais importantes da capital, até o Centro da cidade.

No mesmo horário, o PT programou um abraço simbólico na avenida do Contorno, como parte do movimento Agita 13, previsto para ocorrer em diversas cidades do País.

Dilma não participará pessoalmente do "abraço" - a presidente e o candidato do PT ao governo, Fernando Pimentel, têm encontro com movimentos negros em Nova Lima, na região metropolitana da capital, e depois se reunião com jovens em Belo Horizonte -, mas a militância petista foi convocada para se concentrar em diversos pontos da via.

Pacto

A avenida do Contorno é outra das mais importantes de Belo Horizonte, circunda toda a região central da cidade e faz interseção com a Afonso Pena.

"É problema na certa, com as campanhas acirradas como estão", previu um integrante da direção petista em relação à possibilidade de encontro entre as duas militâncias.

Diante da real possibilidade de confronto, as direções dos dois partidos fizeram um pacto para não haver tucanos nos pontos de concentração dos petistas e vice-versa.

"Para evitar qualquer confusão, nós não vamos colocar ninguém na Afonso Pena com Contorno", afirmou Helvécio Magalhães, coordenador da campanha de Pimentel.

"Orientamos toda nossa militância e a coordenação do evento, que é da campanha da Dilma, exatamente para isso.

Vamos inclusive por gente vigiando para não ter ninguém nosso no local", completou, referindo-se à Praça Milton Campos, no cruzamento das duas avenidas.

Já o presidente do PSDB mineiro, deputado federal Marcus Pestana, salientou que o partido orientou os militantes a não passarem pela avenida do Contorno para evitarem provocações como forma de garantir que haja "uma festa bonita" e que "todo mundo tenha direito a sua manifestação democrática".

"A radicalização do ambiente eleitoral, que é natural na reta final, não interrompe as boas relações pessoais que a gente tem e as práticas civilizadas que a gente quer. Não interessa a ninguém um conflito extra política. Dentro da boa tradição que Tancredo (Neves) nos ensinou, adversário não é inimigo e em Minas quem briga são as ideias, não as pessoas", concluiu.

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