Negócios

Proprietária da Puma teria avaliado vender a marca

A Kering SA, que também é proprietária da Gucci, entrou em contato com potenciais compradores para medir o interesse na Puma

Puma: esforços para recuperar a marca se arrastam pelo quinto ano (Divulgação)

Puma: esforços para recuperar a marca se arrastam pelo quinto ano (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2014 às 15h06.

Última atualização em 27 de fevereiro de 2019 às 18h46.

Londres - A dona da Puma SE avaliou a venda da fabricante de roupas esportivas alemã. Os esforços para recuperar a marca se arrastam pelo quinto ano, segundo fontes com conhecimento do assunto.

No início do ano, a Kering SA, que também é proprietária da Gucci, entrou em contato com potenciais compradores para medir o interesse na marca, disseram as fontes, que pediram anonimato porque as conversas são privadas.

Foram abordados fundos soberanos de riqueza do Oriente Médio, como o do Catar, e investidores asiáticos, disseram as fontes.

As discussões ainda não chegaram a uma proposta de aquisição e não está claro se a empresa sediada em Paris ainda buscará vender a marca, disseram as fontes. Representantes da Kering, da Puma e do Catar preferiram não comentar.

A Kering adquiriu o controle da Puma em 2007 e possui cerca de 86 por cento da fabricante de materiais esportivos. Com uma avaliação de mercado de cerca de 2,5 bilhões de euros (US$ 3,1 bilhões), baseada nas ações negociadas remanescentes, a Puma está reformulando os calçados esportivos e ampliando o marketing com o objetivo de reorientar o posicionamento da empresa em torno dos equipamentos de desempenho.

A Kering também está realizando mudanças na Gucci, onde os dois mais altos executivos estão deixando o cargo em meio a um crescimento vacilante.

Em abril, o presidente do conselho da Kering, François-Henri Pinault, disse que estava convencido de que a empresa deveria ter uma divisão de esportes e estilo de vida, que só seria expandida depois que ele fortalecesse a Puma.

Mario Ortelli, analista da Sanford C. Bernstein, é cético a respeito da Kering ser dona de uma fabricante de produtos esportivos, que tem margens muito mais baixas do que o setor de produtos de luxo.

Concorrentes como a Adidas AG e a Nike Inc. são muito maiores do que a Puma, o que significa que elas podem investir mais em marketing e em desenvolvimento de produtos, disse ele.

A Puma, conhecida pelo logotipo de um felino saltando, neste quarto trimestre revelou sua campanha publicitária “Forever Faster”, apresentando atletas como o corredor Usain Bolt e o jogador de futebol Mario Balotelli, que ajudou a aumentar a venda de calçados pela primeira vez em sete trimestres.

O orçamento publicitário da marca e os acordos de patrocínio, inclusive com o Arsenal, equipe da Premier League inglesa, estão reduzindo seus lucros, que em 2014 poderão ser de menos de metade do total registrado há uma década, segundo estimativas de analistas.

Acompanhe tudo sobre:CalçadosEmpresas alemãsEsportesKeringMarcasPumaRoupas

Mais de Negócios

Gestão de performance: os 5 erros mais comuns e como evitá-los

Vender a casa e continuar morando nela? Startup capta R$ 100 milhões para acelerar essa ideia

Os bilionários que mais ganharam dinheiro em 2024

Número de bilionários cresce no Brasil; soma das fortunas supera 230 bilhões de dólares