Negócios

Projeto S11D ofertará menos minério que capacidade anunciada

Segundo a assessoria da Vale, não houve mudança de capacidade, que seguirá sendo de 90 milhões de toneladas/ano


	Vale: "Houve sim um replanejamento de execução das obras do corredor logístico"
 (Pilar Olivares/Reuters)

Vale: "Houve sim um replanejamento de execução das obras do corredor logístico" (Pilar Olivares/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2016 às 19h03.

Rio de Janeiro - O mega empreendimento de minério de ferro da Vale, o S11D, ofertará 75 milhões de toneladas, ante 90 milhões da capacidade anual do projeto no Pará, após a conclusão de um período de quatro anos de aumento gradativo de produção, que se inicia em 2016, informou a mineradora nesta segunda-feira.

"O que foi explicado é que, considerando o ritmo atual de produção em Carajás, na Serra Norte, que atualmente já atinge até 155 milhões de toneladas/ano, e a capacidade da infraestrutura logística de 230 milhões de toneladas/ano, o S11D adicionará, em termos líquidos, 75 milhões de toneladas/ano ao mercado seaborne (em vez de 90 milhões)", afirmou a Vale, dando mais informações sobre uma notícia publicada no Financial Times, na semana passada.

Segundo a assessoria de imprensa da Vale, não houve mudança de capacidade, que seguirá sendo de 90 milhões de toneladas/ano.

"Houve sim um replanejamento de execução das obras do corredor logístico de forma faseada de modo a minimizar as interferências com as operações existentes, otimizar o nosso fluxo de caixa e sem aumentar o capex do projeto."

Não ficou claro se a Vale poderá, em algum momento no futuro, investir novamente em logística para vir a aproveitar toda a capacidade instalada do S11D.

"Importante lembrar que, como já repetido, a Vale vai produzir de acordo com as condições e demanda de mercado. O S11D se encaixa nesta estratégia", afirmou a Vale, respondendo a questionamento da Reuters.

Em entrevista ao jornal britânico Financial Times na semana passada, o diretor das operações de minério de ferro da Vale, Peter Poppinga, disse que o mercado não compreendeu os planos da empresa.

"Uma das coisas que o mercado não está entendendo bem é como a Vale vai elevar a produção do S11D", disse ele ao jornal.

Em meio a preços fracos do minério de ferro, a Vale confirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, informação do jornal.

"O 'ramp up' do S11D ocorrerá em quatro anos e não em dois anos como imaginado inicialmente. Como já informado, a Vale está priorizando a otimização de margens e a minimização da interferência com as operações existentes e, portanto, a produção proveniente do S11D se encaixa nesta estratégia", disse a empresa.   

Segundo a Vale, no entanto, não há mudança no desenvolvimento do projeto S11D.

"O S11D será entregue neste segundo semestre, entrando em operação até o fim do ano. A primeira venda comercial prevista para janeiro de 2017, como já informado ao mercado. O ramp up é que será feito em quatro anos", disse a Vale.

Os investimentos totais no S11D, informou a Vale recentemente, são de 14,3 bilhões de dólares, sendo 6,4 bilhões aplicados na implantação da mina e da usina e 7,9 bilhões para as obras de logística e infraestrutura portuária.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasInfraestruturaMineraçãoSiderúrgicasVale

Mais de Negócios

15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia