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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.
A Procter & Gamble (P&G) anunciou, nesta sexta-feira (28/1), a assinatura de um acordo com os controladores da Gillete para comprar a companhia por cerca de 57 bilhões de dólares. O negócio complementará a linha de produtos da P&G, que passará a contar com 21 marcas cujas vendas individuais alcançam 1 bilhão de dólares. A compra envolverá a troca de ações entre as empresas, numa proporção de 0,975 ação da P&G para cada papel da Gillete.
O acordo é mais um passo da expansão da companhia, que encerrou uma bem-sucedida incursão pelo mercado de cosméticos com a aquisição das marcas Clairol e Wella. Segundo o americano The Wall Street Journal, a incorporação da Gillete reforçará agora a posição da empresa no mercado masculino. Como as empresas têm pouca sobreposição de produtos impedindo assim a concentração de mercado em determinados segmentos os analistas acreditam que não haverá dificuldades para aprovar a operação junto aos órgãos reguladores.
Os especialistas afirmam, ainda, que a fusão entre P&G e Gillete transformará o setor de bens de consumo e dará maior poder de negociação para os fabricantes. Atualmente, quem dita as regras no setor são as grandes redes varejistas e atacadistas, que exercem uma grande pressão sobre as fábricas para conseguir preços mais baixos e ter condições de competir com outras redes e pequenos varejistas.
Segundo The Wall Street Journal, haverá alguns problemas no caminho das duas companhias. O principal é a cultura conservadora e fechada da P&G, pouco afeita a troca de informações com outras empresas para o desenvolvimento de produtos ou prospecção de mercados. As empresas também planejam cortar 4% de sua força conjunta de trabalho, que alcança 140 000 funcionários.