Exame Logo

Presidente da Usiminas ainda avalia aumento nos preços do aço

Várias siderúrgicas já sinalizaram que vão elevar os preços em consequência do aumento das cotações do minério de ferro e do carvão.

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

São Paulo - O presidente da Usiminas, Wilson Brumer, disse nesta quarta-feira, 9, que a companhia ainda avalia um eventual aumento nos preços do aço neste ano. "Não queremos nos antecipar sem estudar a situação, mas certamente se há um aumento de preços de matérias-primas, não podemos fechar os olhos." Durante a divulgação dos resultados do primeiro trimestre, várias siderúrgicas, dentre elas a Usiminas, sinalizaram que vão elevar os preços em consequência do aumento das cotações do minério de ferro e do carvão. A Vale vai reajustar a tonelada do minério, a partir de julho, em cerca de 35%. Segundo Brumer, o setor siderúrgico tem consciência de que seus clientes precisam elevar a competitividade, mas essa pressão de custo não pode ser ignorada. "Ninguém aumenta preço porque quer," frisou durante a realização do "Fóruns Estadão - Região Sudeste", promovido pelo Grupo Estado.

O executivo argumentou que as siderúrgicas precisam manter margens adequadas para cumprir os investimentos programados. O setor deve aplicar cerca de US$ 40 bilhões até 2016 em expansão de fábricas e instalação de novas usinas no País. A respeito da possibilidade de o governo zerar as tarifas de importação do aço, o presidente da Usiminas disse que esta é uma questão que tem de ser negociada entre o setor e o governo. Segundo ele, já há um excesso de aço importado no Brasil. "O governo deveria estar preocupado com a importação de produtos que contenham aço." De acordo com ele, se considerados o aço mais os produtos de aço importados, o volume chega a cinco milhões de toneladas, o equivalente à produção anual da unidade de Ipatinga (MG) da Usiminas. "Certamente não estamos gerando emprego, nem movimentando nossa economia."

Veja também

A respeito dessa questão, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, defendeu também a negociação entre governo e setor privado, mas disse que não é bom o governo ficar falando em baixar alíquota de importação. "Parece ameaça ao setor produtivo, mas este é um mecanismo que pode ser utilizado." Ontem (dia 08), o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, afirmou que o governo ainda não tem evidências de um aumento abusivo no preço do aço doméstico, que justificaria uma redução da alíquota do imposto de importação do produto.

Minério

O presidente da Usiminas disse também que num futuro próximo as negociações de preços do minério podem passar a ser mensais. Antes do aprofundamento da crise econômico/financeira global, no final de 2008, as negociações costumavam ocorrer me bases anuais. Após a crise, elas passaram a ser feita s cada trimestre. Brumer não especificou quando essas negociações poderão começar a ser feitas em base mensal e descartou a possibilidade de que isso ocorra ainda neste ano. Ele disse, contudo, que essa será uma realidade do setor. "Teremos que aprender a conviver com ela", afirmou durante "Fóruns Estadão - Região Sudeste", promovido pelo Grupo Estado e que discute as possibilidades para o desenvolvimento econômico e social das regiões do País.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasEmpresas japonesasIndústriaMineraçãoSiderurgiaSiderurgia e metalurgiaSiderúrgicasUsiminas

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame