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Presidente da Fiat teme riscos por recomposição do IPI

Cledorvino Belini admitiu que "há um grande risco de cair o mercado automotivo" com a recomposição da alíquota do imposto

Concessionária da Fiat: após a redução do IPI, em maio de 2012, houve uma recomposição parcial da alíquota em janeiro deste ano (Dado Galdieri/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2013 às 20h01.

São Paulo - O presidente da Fiat do Brasil, Cledorvino Belini, admitiu, em entrevista ao Grupo Estado nesta quarta-feira, 09, que "há um grande risco de cair o mercado automotivo", com a recomposição da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados ( IPI ) sobre veículos leves, a partir de janeiro. Após a redução do IPI, em maio de 2012, houve uma recomposição parcial da alíquota em janeiro deste ano, mas outras altas até o porcentual original - que varia conforme a motorização do veículo - previstas para abril e julho este ano, foram adiadas para o início de 2014.

O presidente da maior montadora do Brasil é o primeiro a falar abertamente da necessidade de se manter a alíquota do IPI, enquanto a própria Anfavea, entidade que representa as montadoras e que foi presidida por Belini até abril deste ano, ainda adota cautela sobre o assunto. Apesar de considerar que "para o setor é necessário continuar com IPI reduzido", ele não vê disposição do governo em recuar da decisão de recompor a alíquota em janeiro.

"Eu acho que volta (ao original), porque a tendência do que aconteceu na linha branca e em outros setores foi o governo retirar subsídios", disse Belini. "Honestamente, acho que é bom manter IPI como está; há espaço para reduzir mais e é necessário continuar para o setor. Porém, não vejo disposição do governo", reiterou.

Após prever um crescimento de 3,5% a 4% de alta nas vendas de veículos em 2013 sobre 2012, ainda no começo deste ano, Belini adota agora uma posição mais comedida e avalia que a alta de 1% "é factível". Para ele, apesar do desempenho levemente negativo nas vendas até setembro sobre os primeiros nove meses do ano passado, as vendas devem se aquecer, principalmente em novembro e dezembro devido a promoções e à injeção de dinheiro do décimo terceiro salário.

Belini participou mais cedo do painel de presidentes de companhias automotivas no Congresso da Sociedade de Engenharia Automotiva (SAE) Brasil 2013, em São Paulo. Em sua palestra, defendeu os investimentos em educação no País para que os desafios da melhoria tecnológica do setor automotivo sejam vencidos. "O Brasil tem a sexta economia do mundo, mas a educação não condiz com isso, especialmente em engenharia e ciências."

O executivo criticou ainda a falta de regulamentação dos pontos do Inovar-Auto, regime automotivo apresentado há cerca de um ano, que traça as metas de nacionalização e eficiência energética dos veículos brasileiros.

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O presidente da maior montadora do Brasil é o primeiro a falar abertamente da necessidade de se manter a alíquota do IPI, enquanto a própria Anfavea, entidade que representa as montadoras e que foi presidida por Belini até abril deste ano, ainda adota cautela sobre o assunto. Apesar de considerar que "para o setor é necessário continuar com IPI reduzido", ele não vê disposição do governo em recuar da decisão de recompor a alíquota em janeiro.

"Eu acho que volta (ao original), porque a tendência do que aconteceu na linha branca e em outros setores foi o governo retirar subsídios", disse Belini. "Honestamente, acho que é bom manter IPI como está; há espaço para reduzir mais e é necessário continuar para o setor. Porém, não vejo disposição do governo", reiterou.

Após prever um crescimento de 3,5% a 4% de alta nas vendas de veículos em 2013 sobre 2012, ainda no começo deste ano, Belini adota agora uma posição mais comedida e avalia que a alta de 1% "é factível". Para ele, apesar do desempenho levemente negativo nas vendas até setembro sobre os primeiros nove meses do ano passado, as vendas devem se aquecer, principalmente em novembro e dezembro devido a promoções e à injeção de dinheiro do décimo terceiro salário.

Belini participou mais cedo do painel de presidentes de companhias automotivas no Congresso da Sociedade de Engenharia Automotiva (SAE) Brasil 2013, em São Paulo. Em sua palestra, defendeu os investimentos em educação no País para que os desafios da melhoria tecnológica do setor automotivo sejam vencidos. "O Brasil tem a sexta economia do mundo, mas a educação não condiz com isso, especialmente em engenharia e ciências."

O executivo criticou ainda a falta de regulamentação dos pontos do Inovar-Auto, regime automotivo apresentado há cerca de um ano, que traça as metas de nacionalização e eficiência energética dos veículos brasileiros.

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