"Precisamos acabar com o conceito de supermulher", diz CEO da Rappi no Brasil
Em entrevista especial, a líder da operação brasileira do unicórnio de entrega detalha sua trajetória de carreira e dá dicas sobre como apoiar a equidade de gênero nas empresas
Repórter de Negócios e PME
Publicado em 10 de março de 2023 às 15h31.
Última atualização em 28 de março de 2023 às 16h12.
A executiva Tijana Jankovic enfrentou diversas mudanças ao longo de sua carreira. Acostumada aos padrões do mercado financeiro, a economista encarou os desafios da transição de carreira ao migrar, pela primeira vez, para o mercado de tecnologia. Desde então, acumulou passagens por grandes empresas como Uber e Google. Atualmente, é CEO e comanda a operação brasileira do unicórnio de entregas Rappi.
Em entrevista especial ao Agora é que São Elas, evento promovido pela EXAME em parceria com o movimento Aladas (plataforma de cursos digitaisque visa encorajar, capacitar e apoiar o desenvolvimento de mulheres empreendedoras), Tijana detalhou sua trajetória de carreira e deu dicas sobre como apoiar a equidade de gênero nas empresas.
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No Rappi, ela destacou, uma das principais ações para fomentar a representatividade feminina está no incentivo para o preenchimento de vagas de tecnologia por mulheres, em especial os cargos mais técnicos como programação e desenvolvimento de software. Já nas posições de liderança, as mulheres já são 40% do quadro no Brasil.
Incentivando a liderança feminina
De acordo com Tijana, o apoio às jornadas femininas rumo à liderança passa por diferentes etapas ao longo de suas carreiras. A primeira delas, ainda no início, está relacionada à necessidade de inspiração. "É preciso ter exemplos para se espelhar em suas áreas. Para saber que se determinada mulher chegou lá, sentirmos que também podemos", disse.
Em outra fase, a busca é pelo acolhimento. Essa etapa, segundo Tijana, está relacionada à necessidade de apoio para mulheres que almejam crescer em suas carreiras, e necessitam de redes de apoio para serem capazes de conciliar a ambição profissional aos desejos e sonhos pessoais, como a maternidade.
Em uma última etapa, destaca a CEO, as mulheres reconhecem os aprendizados da sua jornada e se sentem capazes de buscar desafios maiores em suas profissões, pautadas pela confiança nos bons exemplos do mercado. "Como líderes mulheres, precisamos mostrar a vulnerabilidade e os desafios com muita honestidade. Afinal, cria-se o conceito de supermulher, com o qual é muito difícil de se identificar".
Veja, abaixo, a entrevista completa:
Agora é que são Elas
Confira a programação completa do segundo dia do evento, que será transmitido em 30 de março.
Dia 2 (30/3)
- 9h às 9h30: A difícil arte das escolhas
- 9h30 às 10h15: O "não" que eu não disse
- 10h15 às 10h45: Vieses ONU
- 10h45 às 11h30: O que eu vejo no espelho
- 11h30 às 11h50: Se a sexualidade fosse um idioma, você seria fluente?
- 11h50 às 12h30: Fertilidade e sexo
- 12h30 às 13h30: As dores e as delícias de liderar