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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.
Nesta sexta-feira (23/6) expira mais um prazo decisivo para a Varig. O consórcio NV Participações, formado pela associação de funcionários da companhia Trabalhadores do Grupo Varig (TGV) e investidores ainda não revelados, deve depositar até hoje 75 milhões de dólares como primeira parcela da compra da aérea, homologada pela Justiça do Rio de Janeiro nesta semana.
O sinal é um requisito previsto pelo edital do leilão de venda da Varig, realizado em 8 de junho, no qual o NV Participações foi o único a oferecer lance - um total de 1,010 bilhão de reais pelas operações domésticas e internacionais da aérea. O edital previa prazo de três dias, contados a partir da homologação da proposta vencedora, para o que vencedor do leilão fizesse o aporte. Para o NV Participações, parece que esse tempo não foi suficiente. Marcio Marsillac, coordenador da TGV, já indicou que é provável que o consórcio não consiga reunir todo o dinheiro dentro do prazo concedido pela Justiça.
O drama da contagem regressiva para o depósito do aporte inicial ganhou ainda mais importância na quarta-feira (21/6), quando a Corte de Falências de Nova York estendeu liminar que protege a Varig do arresto de aeronaves por empresas de leasing até 21 de julho sob a condição de que a companhia receba o investimento de 75 milhões de dólares até hoje. Se os recursos não vierem, o juiz americano que cuida do caso, Robert Drain, convocará nova audiência e poderá permitir que as arrendadoras, com quem a Varig mantém dívidas, retomem aeronaves da frota da brasileira. Outras decisões da Justiça dos Estados Unidos a favor das empresas Boeing, International Lease Finance Corporation (ILFC) e GATX já fizeram com que a Varig retirasse de suas operações mais de vinte aeronaves e cancelasse temporariamente vôos para rotas nacionais e internacionais (veja no quadro abaixo quais rotas foram suspensas).
Na terça-feira (20/6), representantes da TGV foram ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) solicitar um financiamento para capital de giro da empresa. A intenção era levantar 150 milhões de dólares, que ajudariam a manter a Varig operando, mas a TGV ainda não apresentou um plano de negócios pedido pelo banco.
Nova proposta
Se a parcela de 75 milhões de dólares não for efetivada nesta sexta, o juiz pode decretar a falência da companhia, convocar um novo leilão ou analisar uma nova proposta pela aérea, entregue nesta semana à 8ª Vara Empresarial de Justiça do Rio de Janeiro. A ex-subsidiária de logística e transportes de cargas da Varig, VarigLog, se disse disposta a investir 500 milhões de dólares para obter o controle da companhia aérea.
O objetivo da oferta da VarigLog seria manter a Varig em operação até a realização de um novo leilão, quando a VarigLog receberia de volta o investimento feito. Até lá, a ex-subsidiária ficaria responsável pela gestão da companhia aérea.
Do valor total ofertado, 20 milhões de dólares seriam aportados imediatamente para suprir situações emergenciais. Os outros 480 milhões seriam destinados ao pagamento de funcionários, capital de giro, manutenção de aeronaves e fornecimento de combustíveis.
Como está a operação internacional da Varig | |
Rotas suspensas | Rotas mantidas |
Milão | Frankfurt |
Munique | Londres |
Madri | Miami |
Paris | Buenos Aires |
Nova Iorque | Lima |
Los Angeles | Santa Cruz de La Sierra |
Cidade do México | Santiago do Chile |
Montevidéu | Caracas |
Assunção | Aruba |
Bogotá | Copenhagen |
Veja as rotas domésticas que a Varig continua operando |
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