Portugal negocia com Efromovich e Neeleman para venda da TAP
O governo tem dito que a privatização poderia ser finalizada até ao fim de junho, mas não há um prazo fixo
Da Redação
Publicado em 21 de maio de 2015 às 15h44.
Lisboa - O governo português decidiu avançar para uma fase de negociações diretas com dois dos três candidatos iniciais à compra de 61 por cento da endividada companhia aérea TAP , disse o ministro da Presidência do Conselho de Ministros (CM) português, Luís Marques Guedes.
O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, afirmou que foi decidido que as negociações começarão com a holding DGN, do americano-brasileiro David Neeleman, fundador da brasileira Azul e da norte-americana JetBlue , e com o grupo de Germán Efromovich, dono da latino-americana Avianca .
Monteiro explicou que o governo português excluiu a proposta da Quifel, a holding pessoal do empresário português Pais do Amaral, dado que esta não cumpriu os requisitos legais para ser considerada vinculativa.
"A negociação decorrerá no prazo que for necessário, não há nenhum prazo estabelecido previamente", disse o secretário de Estado a jornalistas.
"Temos finalmente um processo competitivo na privatização da TAP. Apesar da empresa enfrentar muitas dificuldades, estamos muito seguros do caminho que estamos seguindo", afirmou.
O governo tem dito que a privatização poderia ser finalizada até ao fim de junho, mas não há um prazo fixo.
A privatização, conduzida pelo governo de centro-direita em um momento em que Portugal está a cinco meses das eleições legislativas, está sendo fortemente criticada pelo maior partido da oposição, o Partido Socialista.
O governo tem realçado que a TAP, com uma dívida de 1 bilhão de euros e patrimônio negativo superior a 500 milhões de euros, tem urgentemente que se recapitalizar, mas o Estado não está em condições de fazer isso, estando impedido pela legislação da União Europeia.
A reta final de privatização da TAP ficou marcada por uma recente greve de pilotos que durou 10 dias e provocou um rombo adicional de 35 milhões de euros nas contas da empresa.
Esta é a segunda tentativa de privatização da TAP. Em 2012, o poder Executivo português recusou a única proposta de compra, feita pela Synergy, de Efromovich.
Em novembro de 2014, o governo português decidiu relançar o processo de privatização, para vender 66 por cento da TAP, ao passo que o Estado permaneceria com os 34 por cento remanescentes, que é uma minoria de bloqueio.
Portugal reservou uma parcela de 61 por cento para um ou mais investidores privados e um lote de 5 por cento ficou reservado aos trabalhadores da empresa. Os pilotos, porém, cobram fatia de até 20 por cento.
Lisboa tem ainda uma opção de venda dos 34 por cento restantes, que poderão ser vendidos dois anos após a privatização.
Lisboa - O governo português decidiu avançar para uma fase de negociações diretas com dois dos três candidatos iniciais à compra de 61 por cento da endividada companhia aérea TAP , disse o ministro da Presidência do Conselho de Ministros (CM) português, Luís Marques Guedes.
O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, afirmou que foi decidido que as negociações começarão com a holding DGN, do americano-brasileiro David Neeleman, fundador da brasileira Azul e da norte-americana JetBlue , e com o grupo de Germán Efromovich, dono da latino-americana Avianca .
Monteiro explicou que o governo português excluiu a proposta da Quifel, a holding pessoal do empresário português Pais do Amaral, dado que esta não cumpriu os requisitos legais para ser considerada vinculativa.
"A negociação decorrerá no prazo que for necessário, não há nenhum prazo estabelecido previamente", disse o secretário de Estado a jornalistas.
"Temos finalmente um processo competitivo na privatização da TAP. Apesar da empresa enfrentar muitas dificuldades, estamos muito seguros do caminho que estamos seguindo", afirmou.
O governo tem dito que a privatização poderia ser finalizada até ao fim de junho, mas não há um prazo fixo.
A privatização, conduzida pelo governo de centro-direita em um momento em que Portugal está a cinco meses das eleições legislativas, está sendo fortemente criticada pelo maior partido da oposição, o Partido Socialista.
O governo tem realçado que a TAP, com uma dívida de 1 bilhão de euros e patrimônio negativo superior a 500 milhões de euros, tem urgentemente que se recapitalizar, mas o Estado não está em condições de fazer isso, estando impedido pela legislação da União Europeia.
A reta final de privatização da TAP ficou marcada por uma recente greve de pilotos que durou 10 dias e provocou um rombo adicional de 35 milhões de euros nas contas da empresa.
Esta é a segunda tentativa de privatização da TAP. Em 2012, o poder Executivo português recusou a única proposta de compra, feita pela Synergy, de Efromovich.
Em novembro de 2014, o governo português decidiu relançar o processo de privatização, para vender 66 por cento da TAP, ao passo que o Estado permaneceria com os 34 por cento remanescentes, que é uma minoria de bloqueio.
Portugal reservou uma parcela de 61 por cento para um ou mais investidores privados e um lote de 5 por cento ficou reservado aos trabalhadores da empresa. Os pilotos, porém, cobram fatia de até 20 por cento.
Lisboa tem ainda uma opção de venda dos 34 por cento restantes, que poderão ser vendidos dois anos após a privatização.