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Por que vender a Renner?

Apesar de a Renner estar em uma ótima fase, a JC Penney precisa concentrar esforços no mercado americano nesse setor, que está em crise

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Se a Renner vai tão bem, por que, então, a JCPenney decidiu vender tudo e deixar o Brasil? A resposta não está no mercado brasileiro, e sim lá nos Estados Unidos.

O problema começou nos anos 90, durante um período de estagnação da economia americana. Para contornar a situação, os executivos da JCPenney decidiram expandir para outros mercados incluindo aí México, Chile e Brasil. Foi nessa mesma época que a empresa adquiriu a Eckerd Drugstores, uma rede de farmácias, numa tentativa de retomar o faturamento do grupo.

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A diversificação dos negócios não deu certo. Nos últimos cinco anos, a JCPenney vem passando por uma série de reestruturações, incluindo aí o cancelamento das operações em países emergentes. O objetivo é concentrar-se no mercado americano, onde o setor de lojas de departamento está em crise e requer atenção máxima de seus executivos.

Renner

Em 1912 surgia o grupo AJ Renner, inicialmente uma fábrica no bairro Navegantes, em Porto Alegre, que produzia e comercializava capas de lã, para o frio, o vento e as chuvas características do inverno gaúcho. Só a partir de 1940 o mix de produtos vendidos na loja foi ampliado e a Renner se tornou uma loja de departamentos.

No dia 22 de dezembro de 1998, o controle acionário da rede gaúcha foi transferido para a JC Penney. A expansão da rede tornou-se ainda mais forte. Hoje são 64 lojas, sendo 11 no Rio Grande do Sul, 4 em Santa Catarina, 5 no Paraná, 8 no Rio de Janeiro, 24 em São paulo, 5 em Minas Gerais, 3 no Distrito federal, uma em Goiás, uma no Espírito Santo, uma no Mato Grosso e uma no Mato Grosso do Sul. Em 2004, a Renner faturou 1,3 bilhão de reais.

A idéia da JCPenney é arrecadar cerca de 1 bilhão de reais com a venda da Renner. Segundo analistas, não há motivo para uma venda a qualquer preço, que a JCPenney tem dinheiro em caixa: a venda da Eckerd lhe garantiu 4,5 bilhões. O suficiente para enfrentar a crise nos Estados Unidos.

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