Negócios

Por que a Throwdown decidiu voltar aos ringues brasileiros

Após deixar o mercado brasileiro em 2015, a marca norte-americana de itens esportivos volta ao país apostando em um formato diferente de vendas

Throwdown: o portfólio da marca terá desde artigos de vestuário até equipamentos para a prática de exercícios (Throwdown/Divulgação)

Throwdown: o portfólio da marca terá desde artigos de vestuário até equipamentos para a prática de exercícios (Throwdown/Divulgação)

Ana Laura Prado

Ana Laura Prado

Publicado em 31 de maio de 2017 às 11h37.

São Paulo – No país do futebol, agravado pela crise financeira, a norte-americana Throwdown decidiu competir em outra frente: a do MMA.

A fabricante de artigos esportivos vai investir dois milhões de reais na volta da marca ao Brasil, a segunda tentativa da empresa de conquistar os brasileiros com seus itens especializados para a prática da modalidade.

A estratégia da Throwdown será diferente da adotada por ela entre 2011 e 2015, período de seu primeiro round no país. A decisão da época, de vender apenas por atacado, não se mostrou certeira e a empresa teve de recuar.

Desta vez, no entanto, a companhia decidiu vender os produtos da marca diretamente aos grandes nomes do mercado varejista especializados em esportes – como a Centauro e a Netshoes. Lojas especializadas e academias também contarão com os itens nas gôndolas.

A representação da Throwdown ficará por conta da Mellgin Partners, que atua nos setores de confecção, moda e private label. O aporte inicial no negócio será feito pela parceira.

O plano é conquistar cerca de 10% de participação no mercado de artigos esportivos do país até o final do ano, com a intenção de aumentar a fatia para 30% até 2019.

Investimentos direcionados a merchandising, eventos e contato com influenciadores digitais ligados ao nicho serão feitos com esse objetivo.

Segundo Eduardo Schimidt, presidente da Mellgin, a intenção é satisfazer uma demanda reprimida por produtos de qualidade e com preços justos relacionados à prática – trazendo, inclusive, itens que não têm concorrência no país. O portfólio terá desde artigos de vestuário até equipamentos para a prática de exercícios.

A expectativa em relação à recuperação da economia é um dos pontos chave na volta da marca ao país. Mas não só: o potencial de consumo da população brasileira pesou bastante.

E não é à toa. No Brasil, as Artes Marciais Mistas (MMA) ganharam popularidade nos últimos anos, chegando a serem consideradas um dos esportes mais populares do país.

Além disso, segundo dados da Euromonitor Internacional, o setor de produtos relacionados a saúde e bem-estar deve movimentar um trilhão de dólares em 2017. Apenas Brasil e China devem injetar cerca de 103 bilhões de dólares em novas vendas para a indústria no ano.

Acompanhe tudo sobre:academiasCentauroEmpresas americanasEsportesMMANetshoesVarejo

Mais de Negócios

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia

"Bar da boiadeira" faz investimento coletivo para abrir novas unidades e faturar R$ 90 milhões

Haier e Hisense lideram boom de exportações chinesas de eletrodomésticos em 2024