Por dentro do escritório da OLX em São Paulo, com Lego e sinuca
Por causa do crescimento dos últimos anos na cidade, a OLX precisava se mudar para um espaço maior para acomodar todos os funcionários
Karin Salomão
Publicado em 21 de setembro de 2017 às 08h00.
Última atualização em 21 de setembro de 2017 às 08h00.
São Paulo - A OLX acabou de inaugurar seu novo escritório em São Paulo. Por causa do crescimento dos últimos anos na cidade, a empresa precisava se mudar para um espaço maior para acomodar todos os funcionários.
"Já estávamos amontoados", falou Simone Grossmann, diretora de Recursos Humanos da empresa a EXAME.com. A área do novo escritório é 61% maior que o espaço anterior. São 1.210 metros quadrados.
Além disso, depois que o escritório no Rio de Janeiro foi reformado, o ambiente de São Paulo destoava da nova identidade. Por isso, a ideia também era trazer uniformidade aos locais.
Ainda que o espaço de São Paulo seja menor, é muito semelhante ao do Rio de Janeiro. "Somos a mesma empresa e temos a mesma cultura. Acreditamos que promover essa integração é muito importante", afirmou Andries Oudshoorn, CEO da OLX.
Veja nas imagens a seguir por dentro do novo escritório da OLX.
No dia da inauguração, no início de setembro, a empresa fez um happy hour para comemorar a mudança. A festa, logo numa segunda-feira, durou até tarde da noite. Formada por funcionários da OLX, a banda Desapega Rock foi a grande atração.
Na foto, a copa dos funcionários. De manhã é servido um café a todos.
O novo escritório fica na Av. Paulista. Conta com uma infraestrutura de energia e internet melhor que o local anterior.
Já na recepção, o visitante dá de cara com alguns dos servidores que sustentam a infraestrutura desse escritório. A ideia é dar uma aparência mais tecnológica ao ambiente.
Com a ampliação do espaço e da equipe, também foi possível criar um time de desenvolvimento e tecnologia na cidade - antes, esse serviço estava restrito à sede.
Uma das paredes, vista logo da entrada, foi revestida com Lego. Caixas de blocos de montar estão disponíveis para que qualquer um possa escrever, desenhar ou montar o que quiser.
É comum ver nomes dos times de futebol, apelidos e o bordão da empresa, “Desapega!”.
Nas paredes, estão os valores da companhia. Um deles é levar o trabalho a sério, mas não tanto a si mesmo.
Com 130 funcionários, o espaço pode acomodar quase 190.
Para conversas rápidas, a empresa espalhou pequenos nichos pelo escritório. Não é preciso reservar uma hora para usar o espaço, como acontece com as salas de reunião. "Nosso escritório não é uma fábrica. Não vemos como uma perda de tempo quando as pessoas estão conversando. A colaboração é importante para o trabalho criativo", afirmou o CEO da empresa.
Vários itens foram reaproveitados, tanto do escritório anterior quanto do próprio local. O sofá roxo da foto é um exemplo.
"Acreditamos no modelo da OLX, de reutilizar objetos. Também incentivamos os funcionários a usarem a plataforma para comprar e vender, pois precisamos viver a vida dos nossos usuários para entender as necessidades deles", defende Oudshoorn.
O teto é outro exemplo de item reutilizado. As placas brancas já estavam no local e foram reaproveitadas. As nuvens, como são chamadas, servem como isolamento acústico.
Como as equipes de contato com vendedores passam bastante tempo ao telefone, o material é indispensável para manter o volume baixo.
Os nichos do teto fazem parte da decoração. O escritório foi deixado sem forro (com exceção das placas acústicas) para dar a impressão de que o ambiente não está finalizado, assim como a empresa, que sempre tem espaço para melhorias.
As cores são variações das tonalidades do logo da companhia. Cada uma das três cores recebeu quatro tonalidades. Assim, os nichos foram pintados de 12 cores diferentes. Essas cores já eram usadas pela empresa em suas apresentações institucionais.
Como o teto e armários são coloridos, as estações de trabalho são todas brancas, para balancear.
O site tem 50 milhões de usuários únicos no Brasil e realiza, em média, 2 milhões de vendas a cada mês.
A sede da OLX no Brasil fica no Rio de Janeiro. Mas, para a companhia, é importante ter escritório também na capital paulista para estar mais perto dos seus clientes, vendedores e anunciantes.
Para atender os vendedores, as equipes fornecem análises, dicas, relatórios e dados sobre suas contas. Muitas vezes, pessoalmente, pelo telefone.
Há uma equipe responsável pelas contas de pequenas e médias empresas e outra que gerencia as “key accounts”, ou grandes vendedores e anunciantes. Entre as grandes contas, estão incorporadoras, imobiliárias e concessionárias.
Essas contas profissionais, ao lado da publicidade, são a principal fonte de receita para a OLX.
As salas de reunião são nomeadas a partir das cidades nas quais a OLX está presente. A empresa está presente em 45 países. Todos os meses, mais de 100 milhões de pessoas geram 1.9 bilhões de visitas mensais nos sites. Isto reflete em 54 milhões de itens anunciados por mês.
No Brasil, o negócio é controlado pela Naspers, que tem 50% de participação. A outra metade pertence à Schibsted, norueguesa que era dona do antigo Bom Negócio, que se uniu à OLX em 2015.
A Schibsted, que já tinha 25% do negócio, aumentou sua participação em maio deste ano. Os 25% comprados pela Schibsted eram detidos pela norueguesa Telenor.
Uma das salas é voltada para descontração e relaxamento dos funcionários. Aqui, eles podem assistir televisão, tocar violão, jogar sinuca ou fliperama.
Ao invés de diminuir a produtividade das pessoas, o ambiente descontraído teve um impacto positivo, comenta o presidente.
"As pessoas valorizam que a empresa propicie uma sala para descompressão. É um chamariz para atrair talentos, que veem que a empresa investe no bem-estar", diz.
O sofá da sala é feito de material reutilizado. Os pallets foram usados durante o processo de mudança. Depois, foram adequados para o móvel.
Depois de pintar todos os nichos do teto com as cores do logo da empresa, as latas de tinta foram recicladas e agora servem de luminárias.
O fliperama da sala também foi adquirido a partir da plataforma de compra e venda.
Para o presidente da companhia no Brasil, ecologicamente, faz mais sentido comprar móveis usados do que mobiliar todo o espaço com itens novos. "Além disso, encontramos muita coisa diferente, que não é fácil de achar em lojas", afirmou Oudshoorn, como é o caso do jogo.