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Parente defende revisão de política de conteúdo local

Ao apresentar o plano de negócios da estatal na Fiesp, o executivo frisou que "é absolutamente impossível trabalhar dessa forma"

Parente: "Tivemos um problema em uma plataforma, que por causa de problema de conteúdo local veio com preço 40% acima do previsto" (Sergio Moraes/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2016 às 17h39.

São Paulo - A Petrobras não tem mais condições de aceitar as regras de conteúdo local exigidas do setor de petróleo , sob pena de pagar preços muito acima do mercado e ainda enfrentar atrasos em empreendimentos, afirmou de maneira enfática nesta segunda-feira o presidente da companhia, Pedro Parente.

Ao apresentar o plano de negócios da estatal na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o executivo frisou que "é absolutamente impossível trabalhar dessa forma", se referindo às atuais regras de conteúdo local.

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"Tivemos um problema em uma plataforma, que por causa de problema de conteúdo local veio com preço 40 por cento acima do previsto. O que não dá, senhores, absolutamente não dá. Como uma empresa aceitaria isso?", questionou Parente, ao ser perguntado sobre o tema por empresários paulistas.

Segundo ele, a Petrobras não é contra a existência de uma política de conteúdo local, pois entende que isso é necessário, mas a companhia não pode ser excessivamente onerada por isso.

"Falo enfaticamente não porque estou nervoso, zangado, mas é um assunto que merece essa ênfase, porque não dá para a gente pagar 40 pro cento acima de um preço porque existe uma política que foi mal desenhada. Ela é ruim, essa política, ela não tem os fundamentos melhores", disse Parente.

Ele disse ainda que quando foi convidado para presidir a companhia teve uma conversa com o presidente Michel Temer na qual o presidente deixou claro que queria "profissionalizar a Petrobras", o que o levou a aceitar o desafio.

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