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Platts exclui Noble de processo de precificação de petróleo

Segundo fontes, motivo seria uma supervalorização de ativos da trading por meio de contabilidade agressiva


	Plataforma de petróleo: a Noble rejeitou fortemente as acusações e entrou na Justiça contra um de seus ex-funcionários
 (thinkstock)

Plataforma de petróleo: a Noble rejeitou fortemente as acusações e entrou na Justiça contra um de seus ex-funcionários (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2015 às 10h03.

Cingapura - A trading de commodities Noble foi impedida de fazer parte de alguns dos processos de negociação usados pela agência Platts para estabelecer os preços globais de referência do petróleo, segundo duas fontes familiarizadas com o assunto.

A Noble, com ações negociadas em Cingapura, que vem enfrentando críticas por suas práticas de contabilidade este ano, não poderá atuar como "market maker" (formadora de mercado), colocando ofertas de compra e venda para facilitar as operações no processo de negociações de meia hora coordenado pela Platts.

As críticas à Noble, feitas pela desconhecida empresa de pesquisas Iceberg, estão relacionadas a uma suposta supervalorização de ativos por meio de contabilidade agressiva.

A Noble rejeitou fortemente as acusações e entrou na Justiça contra um de seus ex-funcionários, que estaria por trás da Iceberg.

Procurada pela Reuters, a Noble disse que não comentaria os detalhes de seu envolvimento no processo de precificação da Platts.

"Nós (Noble) compramos e vendemos vários produtos de petróleo todos os dias na Platts e nossos negócios ao redor do planeta estão normais", disse um porta-voz da empresa.

Uma das fontes disse que a Noble ainda poderá aceitar lances de outras companhias durante o processo de fechamento de mercado da Platts (MOC, na sigla em inglês), quando a Platts usa transações e ofertas de compra e venda para estabelecer os preços do mercado físico de petróleo ao redor do planeta.

Os preços de referência são usados para arbitrar contratos de petróleo de bilhões de dólares no mundo inteiro.

A Platts tem impedido empresas de participar no MOC devido à volatilidade no mercado ou por preocupações com empresas individuais ou por comportamentos no mercado. Em geral, as exclusões são breves.

A Reuters não conseguiu esclarecer porque a Noble foi impedida de participar no processo da Platts.

A Platts disse, por email, que "não comenta a participação individual de companhias, nem confirma ou nega revisões das participações de companhias no processo de avaliação de preços".

A Platts é concorrente da Thomson Reuters como provedora de notícias e informações para os mercados de energia.

(Reportagem adicional de Jessica Jaganathan e Anshuman Daga, em Cingapura, e Libby George e Ron Bousso em Londres) REUTERS GB AC

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