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Plataforma de pagamentos Barte emite debênture e mira R$ 100 milhões em empréstimos a PMEs

Aberta no ano passado em São Paulo, fintech tem a promessa de reduzir a burocracia da PME que precisa pagar (ou cobrar) uma conta. Recursos levantados agora irão para veículo de crédito a clientes

Vinícius Lacerda e Raphael Dyxklay, da Barte: crescimento de 15 vezes no negócio em oito meses (Divulgação/Divulgação)

Vinícius Lacerda e Raphael Dyxklay, da Barte: crescimento de 15 vezes no negócio em oito meses (Divulgação/Divulgação)

Leo Branco
Leo Branco

Editor de Negócios e Carreira

Publicado em 8 de novembro de 2023 às 07h50.

Última atualização em 8 de novembro de 2023 às 18h14.

A plataforma de tecnologia para pagamentos entre empresas Barte captou 20 milhões de reais via debênture.

Fundada em 2022, em São Paulo, a Barte tem a proposta de sanar gargalos em transferências de recursos entre pequenas e médias empresas.

Para isso, a fintech tem uma plataforma de automação de pagamentos que pode ser integrada ao sistema de gestão da PME.

Por ali, é possível criar regras para o pagamento de contas recorrentes via Pix, boletos e cartões de crédito serem feitas de maneira automática — e sem a repetição dos mesmos passos a cada nova transação.

O fato de estar intimamente conectada com as finanças da PME permite também à Barte entender a necessidade de caixa dos clientes — e oferecer um crédito personalizado caso necessário.

A receita da Barte vem de cobranças de tarifas a cada transação realizada dentro da plataforma.

Para onde vão os recursos

Em pouco mais de 12 meses, a Barte captou 42 milhões de reais. A empresa teve duas rodadas de investimento via equity.

Em agosto de 2022, a empresa levantou 6,5 milhões de reais em capital semente.

Em março, o cheque de 16 milhões de reais partiu de uma captação liderada pelos fundos NXTP e Force Over Mass.

A debênture emitida agora servirá para ampliar a concessão de crédito às PMEs.

"Buscar funding via mercado de capitais não é algo comum para fintechs com o nosso porte, então esse processo é um sinal da institucionalização do crédito originado pela Barte", diz o fundador Caetano Lacerda.

Desde o começo do ano, a startup já liberou 60 milhões de reais em empréstimos. A projeção é fechar o ano acima de 100 milhões de reais. Tudo isso também alavancou a geração de receitas.

"Em março, após a captação da rodada seed, queríamos crescer dez vezes em doze meses em receitas, mas crescemos 15 vezes em apenas oito meses", diz.

Quem são os sócios

Empreendedor português que fez home office no Rio de Janeiro durante a pandemia, Lacerda fez carreira no mercado financeiro de Londres, onde trabalhou no Deutsche Bank e no unicórnio Tractable, que emprega inteligência artificial para avaliação de riscos no mercado de seguros.

Lacerda fundou a Barte ao lado do brasileiro Raphael Dyxklay, que tem no currículo passagens pelos times de tecnologia de Olist, Loft e Creditas.

Em 2024, os sócios da Barte estimam multiplicar por cinco o tamanho da empresa e, além disso, atender clientes em outros países da América Latina.

"O Brasil está numa posição privilegiada para exportar tecnologia de meios de pagamento", diz Lacerda, fazendo referência a medidas recentes do Banco Central como a criação do Pix e a agenda de open finance.

A fintech Bamboo estruturou a emissão da debênture.

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