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PIX pode ajudar o varejo a economizar e conquistar os clientes

O PIX, sistema de pagamento instantâneo, deve ajudar no melhor planejamento das varejistas, e no lançamento dos serviços de pagamentos digitais

Varejistas se preparam para lançamento do PIX  (Hispanolistic/Getty Images)

Varejistas se preparam para lançamento do PIX (Hispanolistic/Getty Images)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 5 de setembro de 2020 às 09h10.

O PIX, sistema de pagamento instantâneo desenvolvido pelo Banco Central e previsto para estrear em novembro, deve substituir DOC, TED e estar disponível 24 horas nos sete dias da semana. A implementação exige dos varejistas as adaptações para melhor atender os seus clientes e até mesmo oferecer novos serviços em um mercado cada vez mais competitivo.

As transferências feita pelo PIX ocorrerão diretamente da conta do usuário pagador para a conta do usuário recebedor, ou seja, o varejista, o que propicia custos de transação menores. O PIX será gratuito para pessoa física, mas para o recebedor terá tarifas mínimas a serem cobradas pelas operações. O sistema também deve oferecer mais conveniência, velocidade e segurança. 

Desse modo, o PIX é visto como bons olhos no setor. Um dos principais fatores é a economia e as vantagens do varejista ao realizar uma transação. “O sistema vai ajudar a empresa a ter menor custo para o recebimento do pagamento, além de oferecer mais segurança e rapidez na transação”, diz Jorge Gonçalves, conselheiro e coordenador do comitê financeiro do Instituto para Desenvolvimento do Varejo.

Segundo Gonçalves, é provável também a diminuição das fraudes, uma vez que o sistema identifica o pagamento imediatamente, evitando o envio de produtos antes do recebimento, como acontece no e-commerce após o pagamento no crédito, por exemplo. Para o comércio eletrônico, o PIX também poderá substituir parte dos pagamentos em boleto, garantindo mais rapidez e menos desistência da compra, uma vez que o cliente pode não pagar o boleto gerado.

O Grupo Pão de Açúcar, por exemplo, afirma já estar se preparando para a adoção do PIX nas lojas do Extra, Assaí e Pão de Açúcar de forma a atender também a venda online. “Operar com o Pix está em linha com as nossas iniciativas de transformação digital, de omnicanalidade como uma diretriz de negócios, abrangendo frentes pioneiras no e-Commerce alimentar, nos aplicativos de descontos personalizados e nos meios de pagamento”, diz  Felipe Negrão, diretor executivo do GPA.

As varejistas poderão optar também por ser uma participante direta da operação, ou seja, oferecer uma estrutura como das carteiras digitais. Quem está de olho nessa opção é o Grupo Carrefour operador do varejo e também Banco Carrefour, que estuda a adoção de uma conta digital. A intenção é que nos pontos de venda o cliente passe a conhecer o novo serviço e ao optar por ele ganhe benefícios na hora da compra.

"O Carrefour pode facilitar a adoção das contas digitais no país porque tem muitos clientes. A quantidade de pessoas circulando nas lojas e outros canais de atendimento é imensa. Podemos então conquistar o brasileiro que ainda não atendido pelas fintechs ao oferecer recursos atrativos como descontos e outras oportunidades", diz Carlos Mauad, CEO Banco Carrefour.

Outras varejistas poderão demonstrar interesse em parcerias com empresas que trabalham com sistema de pagamento, como aponta Marcos Piellusch, pesquisador do  Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo. "Já temos exemplos de companhias que optam por não investir em sistemas próprios, mas sim se associar com quem já possui essa expertise, como é o caso da Raia Drograsil com o Mercado Pago", diz.

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