EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.
A Polícia Federal realiza nesta quarta-feira uma operação para desarticular uma suposta quadrilha de crimes financeiros e lavagem de dinheiro inserida dentro da construtora Camargo Corrêa.
Na operação, denominada Castelo de Areia, serão cumpridos 10 mandados de prisão e 16 mandados de busca e apreensão em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Foram presos diretores e secretárias da construtora, o articulador do esquema criminoso e os doleiros identificados. Um ex-funcionário da empresa também está envolvido.
A quadrilha movimentava dinheiro ilícito através de empresas de fachada e operações de evasão de divisas conhecidas como dólar-cabo.
Os principais crimes investigados são evasão de divisas, operação de instituição financeira sem autorização, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e fraude a licitações. Somadas, as penas para esses crimes chegam a 27 anos de prisão.
Diversos clientes dos doleiros investigados foram também identificados e podem responder por crime de evasão, que chega a seis anos de prisão.
Outro lado
Em nota, a Camargo Corrêa confirmou que a PF esteve em sua sede na cidade de São Paulo nesta manhã e isolou a área. A construtora também afirma que até o momento não teve acesso ao teor do processo que autoriza essa ação, mas defendeu os funcionários acusados.
"O grupo reafirma que confia em seus diretores e funcionários e que repudia a forma como foi constituída a ação, atingindo e constrangendo a comunidade Camargo Corrêa e trazendo incalculáveis prejuízos à imagem de suas empresas", diz a nota. "A Camargo Corrêa ressalta que cumpre rigorosamente com todas as suas obrigações legais."