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Petróleo cai a mínima em 17 anos com batalha entre russos e sauditas

No início desta tarde, a cotação dos contratos futuros atingiu a casa dos 25 dólares

Preços do petróleo estão derretendo (Angus Mordant/Getty Images)

Preços do petróleo estão derretendo (Angus Mordant/Getty Images)

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Juliana Estigarribia

Publicado em 18 de março de 2020 às 13h23.

Última atualização em 18 de março de 2020 às 13h44.

O coronavírus continua causando efeitos devastadores na indústria do petróleo. Nesta quarta-feira, 18, os preços atingiram mínima em 17 anos, em torno de 26 dólares, com a pretensão da Arábia Saudita de ampliar as exportações da commodity para 10 milhões de barris por dia (bpd).

Com a queda da demanda, decorrente dos desdobramentos da pandemia, membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Rússia não conseguiram chegar a um acordo sobre cortes de produção para equilibrar os preços.

A decisão da estatal saudita, Saudi Aramco, foi de acelerar os níveis de produção. A Rússia também acaba de anunciar o ramp-up a partir de 1º de abril.

Com isso, os preços não param de cair. Por volta das 13 horas, a cotação do Brent recuava quase 10% e chegou a atingir a casa dos 25 dólares no mercado futuro.

O desfecho da guerra por market share entre as duas maiores potências da indústria petrolífera pode piorar daqui para frente, com o agravamento da pandemia e consequente redução do consumo no mundo.

"Aparentemente, as tentativas de diálogo entre os dois países acabaram de vez", afirma Jan-Jaap Verschoor, analista que trabalha em Londres na consultoria Oil Analytics.

Os sauditas têm o menor custo de produção de petróleo do mundo, entre 5 e 10 dólares por barril. Os russos estão bem próximos desse nível, entre 10 e 15 dólares, e ambos têm reservas gigantescas.

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