Negócios

Petroleiros adiam novamente início de greve na Petrobras

A Federação Única dos Petroleiros disse que a greve dos trabalhadores da Petrobras deve começar na próxima segunda-feira


	Plataforma da Petrobras na Bacia de Campos
 (Germano Lüders / EXAME)

Plataforma da Petrobras na Bacia de Campos (Germano Lüders / EXAME)

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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2015 às 17h34.

São Paulo - A Federação Única dos Petroleiros (FUP) informou nesta sexta-feira que a greve dos trabalhadores da Petrobras deve começar na próxima segunda-feira, o que indica um novo adiamento do início do movimento, que estava previsto para começar no domingo.

A FUP disse em nota que protocolou nesta sexta-feira, na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, o comunicado de greve por tempo indeterminado, acrescentando que a paralisação será deflagrada a partir do feriado de 7 de Setembro em todas as unidades administrativas e operacionais da empresa, assim como nas instalações da Transpetro, a subsidiária de transporte da estatal.

Na quinta-feira, a FUP havia informado o adiamento para domingo da paralisação, que até então estava prevista para começar nesta sexta-feira.

Representantes da federação não estavam imediatamente disponíveis para comentar o novo adiamento do início do movimento. Procurada, a Petrobras não se manifestou sobre o assunto nesta sexta-feira.

Na quinta-feira, a organização sindical mostrou-se insatisfeita após reunião com representantes da Petrobras. A FUP considerou "uma afronta" a proposta de fatiar as negociações com cada subsidiária --e não realizá-la de forma global na empresa.

A FUP, federação ligada ao PT, lembrou que os indicativos de "estado de greve" e "assembleia permanente" foram aprovados em assembleias pelos trabalhadores do Sistema Petrobras, realizadas entre os dias 7 e 23 de julho, período que antecedeu a greve de advertência de 24 horas realizada em 24 de julho. "Os sindicatos filiados à FUP farão novas assembleias para ratificar os indicativos", disse a nota desta sexta-feira. Segundo a organização sindical, a paralisação é contra o novo Plano de Negócios da Petrobras, "que representa um verdadeiro desmonte da empresa, cujos impactos já estão ocorrendo em várias unidades do país, com milhares de demissões de trabalhadores terceirizados e cortes em despesas...".

Os sindicalistas também protestam contra o programa de desinvestimentos da estatal de 15,1 bilhões de dólares até o final de 2016, incluindo uma fatia na BR Distribuidora.

A FUP também informou na quinta-feira que havia solicitado à Petrobras negociação de efetivos mínimos de trabalhadores e de cotas de produção para assegurar as necessidades essenciais da população durante a paralisação, como determina a Lei de Greve.

Paralisações de petroleiros da estatal nos últimos anos não têm causado grandes problemas para a produção de petróleo, entre outras atividades, com a Petrobras conseguindo contornar a situação com equipes de contingência.

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