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Petrobras volta a apresentar crescimento na lucratividade

Resultado no segundo trimestre foi favorecido pelo aumento da produção e do consumo e balança comercial favorável

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Depois de apresentar um bom resultado operacional no primeiro trimestre do ano, a Petrobras registra novamente um bom desempenho no segundo trimestre com ganhos de margens operacionais. No período, a combinação entre aumento da produção, melhoria do consumo doméstico de derivados de petróleo, balança comercial favorável e a redução de preço das matérias-primas podem explicar esse resultado melhor do que nossas estimativas e o consenso de mercado. Segundo a corretora, o destaque positivo do período foi o bom desempenho da maioria das áreas operacionais e a queda em despesas, que fizeram com que a Petrobras atingisse um EBITDA (lucro antes de impostos e amortizações) de 13,2 bilhões de reais, uma alta de 24% em relação ao trimestre anterior, representando uma margem EBITDA de 39,1%.

Na comparação anual, a estatal registrou queda no lucro de 20% decorrente do movimento no preço do petróleo no mercado internacional. Para a corretora Ativa - que manteve a recomendação de compra das ações -, o acompanhamento trimestral é a melhor maneira para monitorar o desempenho da estatal diante da volatilidade no preço das commodities. Às 15h06, as ações preferenciais da Petrobras (PETR4, sem direito a voto) caíam 1,70%, negociadas a 31,80 reais. No mesmo instante, o Ibovespa registrava queda de 2,48%, aos 55.235 pontos.

A receita líquida fechou o segundo trimestre em 33,7 bilhões de reais - um salto de 10,6% - e o lucro líquido ficou em 7,9 bilhões de reais, o que representa um crescimento de 28%. A Petrobras manteve alta a cifra destinada a investimentos que atingiu 18,1 bilhões de reais no período, uma alta de 26%. A aceleração deve ser mantida no segundo semestre, o que fará com que a empresa ultrapasse os 60 bilhões de reais em investimentos calculados para 2009. "Apesar dessa aceleração de investimentos a Petrobras manteve os principais indicadores de alavancagem financeira, muito influenciado pela valorização do real frente ao dólar no período", anotou a corretora.

Para a Ativa, a Petrobras conseguiu apresentar um bom desempenho no trimestre mesmo com o movimento de forte queda no preço do petróleo no mercado internacional. "Não somente em função da realização da venda de produtos realizados com custos mais baixos, mas também pela continuidade de queda nas despesas operacionais, o que é uma boa sinalização", anotou. “Acreditamos em reação positiva nas ações no curto prazo, diante do bom resultado, mas ressaltamos que as questões envolvendo a mudança regulatória ainda pesarão na avaliação do investidor, deixando-o receoso sobre as implicações do novo modelo de exploração do setor de petróleo no Brasil poderá causar sobre o retorno da estatal.”

O bom desempenho deve se manter no terceiro trimestre, acredita a corretora Ativa. Para ela, o destaque fica por conta do crescimento da produção de petróleo, o aumento da demanda por derivados e, dependendo da trajetória do preço do petróleo no mercado internacional, a venda de produtos com custo de estoque ainda baixo.

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