Petrobras vê redução de emissões a partir de 2015 ou 2016
Emissão de cerca de US$ 5 bilhões em bônus neste mês poderá ser uma das últimas grandes ofertas feitas pela estatal
Da Redação
Publicado em 15 de janeiro de 2014 às 17h42.
Rio de Janeiro - A emissão de cerca de 5 bilhões de dólares em bônus pela Petrobras neste mês poderá ser uma das últimas grandes ofertas feitas pela estatal, já que a empresa espera gerar caixa suficiente para pagar suas dívidas com o aumento da produção de petróleo e reduzir gradativamente as captações a partir do final de 2015.
"Nós tivemos que fazer ao menos uma venda ao ano por algum tempo, mas começando em 2015 ou 2016, começaremos a ter geração de fluxo de caixa positivo e seguir para uma fase de pagar dívidas em vez de fazer nossa dívida crescer", disse à Reuters o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, nesta quarta-feira.
O endividamento da Petrobras disparou nos últimos dois anos, com os subsídios aos combustíveis, importações de gasolina e diesel e produção estagnada corroendo recursos necessários para pagar o plano de investimentos de cinco anos de 237 bilhões de dólares --o maior programa corporativo do mundo. A dívida total subiu 17 por cento, para 112,5 bilhões de dólares, ao final de nove meses em setembro de 2013.
A demanda pelos bônus foi o triplo do montante vendido --3,1 bilhões de euros e 600 milhões de libras-- e permitiu à companhia vender os títulos em euro com vencimentos entre 2018 e 2025 com taxas de 2,75 por cento e 4,75 por cento, e o de 2034 em libras a 6,625 por cento, de acordo com a Reuters.
A emissão foi a maior já vista de títulos em euros por uma corporação de mercado emergente.
"Se você quiser mais deste tipo de coisa será melhor comprar logo, porque nós não teremos este tipo de emissão no futuro." Ao fazer emissões em euros e libras, a Petrobras também consegue administrar e reduzir o custo médio em 50 pontos base, ou 0,5 ponto percentual, abaixo do que ela teria obtido se fizesse a venda em dólares.
"Nós fizemos a venda agora porque as estrelas estavam alinhadas e na Europa elas estavam mais bem alinhadas", disse Barbassa. "Vender por 50 pontos base menos do que uma dívida em dólar não é comum." Barbassa também desconsiderou as preocupações com um rebaixamento da dívida que resultaria na perda da cobiçada classificação de "grau de investimento".
A Moody's rebaixou em outubro a dívida em moeda estrangeira da Petrobras para "Baa1" de "A3". Grandes fundos de investimento apenas têm permissão para manter aportes em papéis com grau de investimento e o rebaixamento forçaria uma venda generalizada.
"Nós acrescentamos nove unidades de produção que aumentarão a produção neste ano e nos próximos, e os credores estão olhando isso de perto", disse. "Nós estamos em contato direto com as agências de classificação e mostrando a todos diretamente nosso planejamento, e eles têm mostrando confiança na companhia."
Rio de Janeiro - A emissão de cerca de 5 bilhões de dólares em bônus pela Petrobras neste mês poderá ser uma das últimas grandes ofertas feitas pela estatal, já que a empresa espera gerar caixa suficiente para pagar suas dívidas com o aumento da produção de petróleo e reduzir gradativamente as captações a partir do final de 2015.
"Nós tivemos que fazer ao menos uma venda ao ano por algum tempo, mas começando em 2015 ou 2016, começaremos a ter geração de fluxo de caixa positivo e seguir para uma fase de pagar dívidas em vez de fazer nossa dívida crescer", disse à Reuters o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, nesta quarta-feira.
O endividamento da Petrobras disparou nos últimos dois anos, com os subsídios aos combustíveis, importações de gasolina e diesel e produção estagnada corroendo recursos necessários para pagar o plano de investimentos de cinco anos de 237 bilhões de dólares --o maior programa corporativo do mundo. A dívida total subiu 17 por cento, para 112,5 bilhões de dólares, ao final de nove meses em setembro de 2013.
A demanda pelos bônus foi o triplo do montante vendido --3,1 bilhões de euros e 600 milhões de libras-- e permitiu à companhia vender os títulos em euro com vencimentos entre 2018 e 2025 com taxas de 2,75 por cento e 4,75 por cento, e o de 2034 em libras a 6,625 por cento, de acordo com a Reuters.
A emissão foi a maior já vista de títulos em euros por uma corporação de mercado emergente.
"Se você quiser mais deste tipo de coisa será melhor comprar logo, porque nós não teremos este tipo de emissão no futuro." Ao fazer emissões em euros e libras, a Petrobras também consegue administrar e reduzir o custo médio em 50 pontos base, ou 0,5 ponto percentual, abaixo do que ela teria obtido se fizesse a venda em dólares.
"Nós fizemos a venda agora porque as estrelas estavam alinhadas e na Europa elas estavam mais bem alinhadas", disse Barbassa. "Vender por 50 pontos base menos do que uma dívida em dólar não é comum." Barbassa também desconsiderou as preocupações com um rebaixamento da dívida que resultaria na perda da cobiçada classificação de "grau de investimento".
A Moody's rebaixou em outubro a dívida em moeda estrangeira da Petrobras para "Baa1" de "A3". Grandes fundos de investimento apenas têm permissão para manter aportes em papéis com grau de investimento e o rebaixamento forçaria uma venda generalizada.
"Nós acrescentamos nove unidades de produção que aumentarão a produção neste ano e nos próximos, e os credores estão olhando isso de perto", disse. "Nós estamos em contato direto com as agências de classificação e mostrando a todos diretamente nosso planejamento, e eles têm mostrando confiança na companhia."