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Petrobras vai usar provas da PF para fazer ajustes contábeis

Estatal está se baseando em depoimentos feitos por envolvidos na Operação Lava Jato feitos à justiça para


	Petrobras: companhia vai usar provas da PF para contabilizar perdas
 (Divulgação/Petrobras)

Petrobras: companhia vai usar provas da PF para contabilizar perdas (Divulgação/Petrobras)

Daniela Barbosa

Daniela Barbosa

Publicado em 17 de novembro de 2014 às 15h14.

São Paulo – O adiamento do balanço referente ao terceiro trimestre da Petrobras tem uma razão de acontecer, pois a companhia terá de fazer alguns ajustes contábeis de possíveis desvios de recursos que são investigados na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

Com base nos depoimentos dos envolvidos na investigação, a estatal irá fazer as baixas. “Os valores que estaremos baixando são com base nos depoimentos feitos à Justiça”, afirmou Graça Foster, presidente da Petrobras, nesta segunda-feira, em teleconferência com analistas e investidores para detalhar os resultados operacionais da companhia. 

De acordo com a executiva, a companhia tem  cronograma de atividade e prazo para fechamento dessas atividades, perdas causadas por fraude serão contabilizadas com provas encaminhadas pela Polícia Federal.

A Petrobras não divulgou os valores das possíveis perdas que serão contabilizadas no balanço do terceiro trimestre, mas adiantou que deve ocorrer ajuste a preço justo do imobilizado adquirido da companhia.

Segundo Almir Barbassa, diretor financeiro da estatal, os valores deverão ser retirados do imobilizado e contabilizado nos resultados. Pode ser um ativo comprado com preço acima do valor correto, ou um projeto que tenha recebido propina para sair do papel.

Ainda de acordo com Barbassa, os contratos em vigor que estejam envolvidos no esquema de corrupção não devem sofrer nenhum impacto. “A Petrobras não trabalha com essa possibilidade. Eventuais revisões de contratos com práticas não adequadas serão corrigidas, mas os contratos não serão interrompidos”, disse o executivo.  

Em dezembro, a companhia deve divulgar os números do terceiro trimestre não auditados e somente em 2015, o balanço auditado deve ser apresentado ao mercado, mas ainda sem data exata para acontecer.

“A prioridade é termos esse balanço revisado e auditado, para isso temos pessoas trabalhando em cima de pautas concretas sobre essas baixas potenciais nos nossos ativos. Se olhamos para o futuro, resolvidas essas questões, vamos dar atenção especial à rentabilidade da nossa carteira de projeto”, disse Graça Foster.

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