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Petrobras quer adotar "modelo Ambev" de gestão

As diretrizes do novo plano de negócios serão discutidas pelo conselho de administração na próxima segunda-feira

Pedro Parente: a base da nova gestão, presente já no plano estratégico, será o conceito de orçamento base zero (Adriano Machado / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2016 às 08h45.

Rio de Janeiro - Pedro Parente mira na Ambev para projetar o que será a Petrobras depois de virada a página da sua maior crise. O modelo de gestão da gigante multinacional de bebidas está na base das metas e planos de ação que a petroleira adotará nos próximos cinco anos.

As diretrizes do novo plano de negócios, antecipadas em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo no domingo, 11, serão discutidas pelo conselho de administração da petroleira na próxima segunda-feira, segundo comunicado da estatal divulgado na última segunda-feira, 12.

A base da nova gestão, presente já no plano estratégico, será o conceito de orçamento base zero, um modelo adotado no País desde a década de 50.

A ideia é desconsiderar o histórico orçamentário e de receitas, para redefinir a cada ano os projetos e investimentos prioritários. O objetivo é buscar melhor eficiência de gastos e evitar orçamentos inflados em projetos desvinculados das prioridades da empresa.

"Metodologia é uma coisa muito importante. A Petrobras tinha planos estratégico e anual diferentes. Não era uma maneira boa, só por coincidência o plano anual perseguia os objetivos estratégicos. Agora, não tem hipótese de inconsistência", afirmou Pedro Parente, na entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

A gestão será a marca de Parente nos próximos dois anos em que planeja estar à frente da Petrobras.

Para tanto, o executivo trouxe à diretoria executiva o ex-presidente da BG no País Nelson Silva, para quem foi criado o cargo de diretor de Estratégia, Organização e Sistema de Gestão.

Modelo

Assim como Jorge Paulo Lemann nos anos 90, o presidente da estatal aposta na cartilha do guru brasileiro da meritocracia, Vicente Falconi, para desenhar a nova petroleira, saneada em até cinco anos.

As bases da estratégia podem ser resumidas em quatro letras: PDCA - iniciais em inglês das palavras planejamento, execução, acompanhamento e padronização.

A fórmula criada por Falconi na década de 80 já foi replicada em 5,9 mil projetos liderados pela sua consultoria em empresas de diferentes segmentos, da mineração ao varejo. O método consiste em estabelecer metas mensais para os empregados - e não para a empresa.

Além das duas metas principais da companhia, financeira e de segurança operacional, cada nível hierárquico terá objetivos específicos.

"Vamos ter acompanhamento do cumprimento de metas com reuniões trimestrais nos diversos níveis da companhia chegando até a diretoria executiva", explicou Parente.

Na segunda-feira, após a confirmação da divulgação do plano de negócios na próxima semana, as ações da petroleira subiram 3,26% (PN) e 3,42% (ON), influenciada por bons resultados de bolsas estrangeiras e pelos resultados da produção no mês de agosto. Em relatório, o banco UBS indicou que o cenário para a estatal é "positivo".

"Nossa recomendação segue a crença de que mais valor pode ser desbloqueado com mudanças regulatórias no curto e médio prazos e com a tendência positiva dos preços do petróleo", informa o documento distribuído a clientes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Rio de Janeiro - Pedro Parente mira na Ambev para projetar o que será a Petrobras depois de virada a página da sua maior crise. O modelo de gestão da gigante multinacional de bebidas está na base das metas e planos de ação que a petroleira adotará nos próximos cinco anos.

As diretrizes do novo plano de negócios, antecipadas em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo no domingo, 11, serão discutidas pelo conselho de administração da petroleira na próxima segunda-feira, segundo comunicado da estatal divulgado na última segunda-feira, 12.

A base da nova gestão, presente já no plano estratégico, será o conceito de orçamento base zero, um modelo adotado no País desde a década de 50.

A ideia é desconsiderar o histórico orçamentário e de receitas, para redefinir a cada ano os projetos e investimentos prioritários. O objetivo é buscar melhor eficiência de gastos e evitar orçamentos inflados em projetos desvinculados das prioridades da empresa.

"Metodologia é uma coisa muito importante. A Petrobras tinha planos estratégico e anual diferentes. Não era uma maneira boa, só por coincidência o plano anual perseguia os objetivos estratégicos. Agora, não tem hipótese de inconsistência", afirmou Pedro Parente, na entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

A gestão será a marca de Parente nos próximos dois anos em que planeja estar à frente da Petrobras.

Para tanto, o executivo trouxe à diretoria executiva o ex-presidente da BG no País Nelson Silva, para quem foi criado o cargo de diretor de Estratégia, Organização e Sistema de Gestão.

Modelo

Assim como Jorge Paulo Lemann nos anos 90, o presidente da estatal aposta na cartilha do guru brasileiro da meritocracia, Vicente Falconi, para desenhar a nova petroleira, saneada em até cinco anos.

As bases da estratégia podem ser resumidas em quatro letras: PDCA - iniciais em inglês das palavras planejamento, execução, acompanhamento e padronização.

A fórmula criada por Falconi na década de 80 já foi replicada em 5,9 mil projetos liderados pela sua consultoria em empresas de diferentes segmentos, da mineração ao varejo. O método consiste em estabelecer metas mensais para os empregados - e não para a empresa.

Além das duas metas principais da companhia, financeira e de segurança operacional, cada nível hierárquico terá objetivos específicos.

"Vamos ter acompanhamento do cumprimento de metas com reuniões trimestrais nos diversos níveis da companhia chegando até a diretoria executiva", explicou Parente.

Na segunda-feira, após a confirmação da divulgação do plano de negócios na próxima semana, as ações da petroleira subiram 3,26% (PN) e 3,42% (ON), influenciada por bons resultados de bolsas estrangeiras e pelos resultados da produção no mês de agosto. Em relatório, o banco UBS indicou que o cenário para a estatal é "positivo".

"Nossa recomendação segue a crença de que mais valor pode ser desbloqueado com mudanças regulatórias no curto e médio prazos e com a tendência positiva dos preços do petróleo", informa o documento distribuído a clientes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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