Negócios

Petrobras pode aderir a programa de governança da Bolsa

Diretor de Governança da Petrobras afirmou que está aproveitando todas as brechas para provar que a Petrobras foi vítima de um pequeno grupo de corruptores


	Petrobras: empresa avalia aderir a Programa de Governança de Estatais, da Bovespa, que ainda não tem nenhum inscrito
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Petrobras: empresa avalia aderir a Programa de Governança de Estatais, da Bovespa, que ainda não tem nenhum inscrito (Dado Galdieri/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2016 às 10h50.

São Paulo - Todas as brechas para provar que a Petrobras é uma empresa íntegra e que foi um pequeno grupo de corruptores que fez mal à empresa estão sendo aproveitadas, afirmou nesta terça-feira, 19, o diretor executivo de Governança, Risco e Conformidade da estatal, João Elek.

"Queremos nos deixar conhecer para ganhar a confiança do nosso público estratégico depois de passada a má experiência, em que a empresa foi vitimada por empresas envolvidas em esquema de corrupção", disse em apresentação em mais um evento dos Fóruns Estadão, sobre Governança Corporativa.

Nesse sentido, a Petrobras avalia aderir ao Programa de Governança das Estatais lançado no ano passado pela BM&FBovespa, que surgiu em meio aos questionamentos sobre a credibilidade e ingerência dessas companhias.

A adesão é voluntária e até aqui nenhuma estatal entrou para o programa. "Estamos avaliando se nos enquadramos e o que seria necessário para fazer a adesão para trilhar um caminho mais transparente do que hoje", destacou.

Internamente, Elek diz que uma das mudanças que pode ser notada é o reperfilamento do seu Conselho de Administração, com nomes diferentes dos vistos antigamente, caracterizados por escolhas de perfil político.

Ainda no conselho, o executivo conta que foram criados comitês, os quais, segundo ele, são muito ativos hoje. "Eles orientam para assuntos importantes para a Petrobras", disse.

O diretor de governança da Petrobras disse que os processos na companhia foram uniformizados e que uma das mudanças, com o objetivo de evitar más condutas, é que deixaram de existir "assinaturas individualizadas".

Isso significa que em um processo decisório, mais de uma pessoa deve ser o responsável pela aprovação.

Outra medida para ampliar o nível de transparência da empresa foi terceirizar o canal de denúncia, para trazer mais conforto aos funcionários em utilizar esse instrumento.

Por conta do fato de ter estado envolvida em esquemas de corrupção envolvendo fornecedores, Elek disse que a diligência cresceu e que há um processo a ser seguido pelas empresas que querem fazer parte da rede de fornecedores da companhia.

Também ele destaca que vem sendo aprimorada a política de consequências. "Quando há desvios de valores e procedimentos, é preciso ter punição de acordo com a gravidade da infração. Assim, purificamos a base, e isso vai do topo até o chão da fábrica", disse.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasservicos-financeirosEstatais brasileirasEmpresas estataisPetrobrasCapitalização da PetrobrasPetróleoIndústria do petróleogestao-de-negociosB3bolsas-de-valoresCorrupçãoEscândalosFraudesCombustíveisGovernança

Mais de Negócios

Food to Save alcança 8 milhões de sacolas e um crescimento de 5.233%

'Algumas situações podem ser potencializadas com IA, mas com limites', diz diretora do Dante

Construtora de residencial mais alto de BC projeta dobrar vendas em 2026

Banco da Amazônia anuncia nova unidade em São Paulo