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Petrobras paga US$ 434 mi à YPFB em acerto de contas

Acerto entre as duas estatais deverá solucionar divergências sobre o contrato de importação de gás natural boliviano para o mercado brasileiro


	Tanques de armazenagem de gás natural da Petrobras, na Baia do Guanabara
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Tanques de armazenagem de gás natural da Petrobras, na Baia do Guanabara (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 18 de agosto de 2014 às 22h54.

La Paz/São Paulo - A petroleira estatal boliviana Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) receberá 434 milhões de dólares da Petrobras, em um acerto de contas entre as duas estatais para solucionar divergências sobre o contrato de importação de gás natural boliviano para o mercado brasileiro.

A Petrobras disse que o acerto de contas, "com pagamentos e compensações de parte a parte", terá impacto negativo de cerca de 268 milhões de dólares no seu resultado do terceiro trimestre, mas um efeito positivo de 128 milhões de dólares no resultado do ano.

Segundo a estatal brasileira, foi fechado também um acordo que garante o fornecimento de gás natural para viabilizar a operação da termelétrica de Cuiabá até dezembro de 2016.

Atualmente, a YPFB envia 2,24 milhões de metros cúbicos/dia para Cuiabá, com base em um contrato que expira em 31 de agosto.

De acordo com a agência estatal boliviana de informação, o presidente da Bolívia, Evo Morales, disse que após o fechamento de três novos acordos, a tarefa de curto e médio prazo é o início de negociações para atualizar o contrato de compra e venda de gás natural, que define o máximo de envio de 30,08 milhões de metros cúbico por dia de gás para o Brasil até 2019.

A assinatura dos contratos foi realizada na cidade de Santa Cruz pelo presidente da YPFB, Carlos Villegas, e o diretor de Gás e Energia da Petrobras, José Alcides Santoro.

O Brasil é o maior comprador de gás natural boliviano e, no passado, gerou fortes disputas durante as negociações de contratos de compra e venda de hidrocarbonetos.

Um outro acordo assinado nesta segunda-feira define um novo ponto de entrega do gás natural boliviano e a redução de seu poder calorífico para expandir as opções de entrega e de investimento para a extração de gás liquefeito.

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