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Petrobras espera abocanhar crescente produção de petroleiras

Companhia avalia que poderá se beneficiar nos próximo anos do crescimento da produção de petróleo de concorrentes

Terminal portuário da Petrobras na Baia da Guanabara, no Rio de Janeiro (Dado Galdieri/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2014 às 21h39.

São Paulo - A Petrobras avalia que poderá se beneficiar nos próximo anos do crescimento da produção de petróleo de concorrentes e sócias instaladas no Brasil, ao aumentar suas compras de óleo no mercado interno em meio à expansão de seu parque de refino.

Aliada ao crescimento de sua própria produção, essa poderia ser uma alternativa para a Petrobras reduzir as importações, que têm afetado negativamente as suas finanças e o resultado da balança comercial do país.

O volume adquirido atualmente no mercado interno é ainda muito pequeno, menos de 1 por cento da produção nacional, mas a estatal tem interesse em absorver parte da produção crescente das demais empresas que operam no país.

A produção dessas petroleiras saltou 164 por cento em abril, na comparação com o mesmo período do ano passado, para 393,6 mil barris de óleo equivalente ao dia (boe/d), segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), enquanto a extração da Petrobras cresceu 1,3 por cento na mesma comparação, para 2,273 milhões de boe/dia.

"A Petrobras tem interesse em absorver esses volumes, e espera aumentar suas compras na medida em que essas produções se tornarem mais significativas", disse a estatal, acrescentando que com o aumento da sua capacidade de refino, a empresa se beneficiará da maior disponibilidade de matéria-prima para suprir seu sistema.

A empresa comprou de terceiros, parceiros ou não, cerca 15,8 mil barris por dia em 2013, ante uma produção nacional de quase 2 milhões de barris/dia.

Com um crescimento expressivo da produção das outras petroleiras que atuam no Brasil, a participação da Petrobras no total produzido de petróleo e gás no país recuou para 85,2 por cento da extração nacional em abril, ante uma fatia de 93,8 por cento uma ano antes.

Importações

A Petrobras ressaltou que por enquanto as suas importações de petróleo não têm caído de forma relevante. "Tomando-se por base o período de janeiro a abril, a diferença do volume de petróleo importado entre 2013 e 2014 foi aproximadamente de 3 por cento", afirmou em nota enviada à Reuters.

Compras de combustíveis no mercado internacional, a preços superiores aos de venda no mercado interno, estão por trás de perdas gigantes da estatal na sua divisão de abastecimento.

A definição da quantidade de petróleo importado depende do volume de petróleo nacional produzido pela estatal e do nível de processamento de óleo cru nas refinarias, que têm operado a pleno vapor para fazer frente ao consumo interno.

A Petrobras destacou que possui um parque de refino, com unidades distribuídas pelo país, com capacidade de processamento de petróleo superior a 2 milhões barris por dia, com perspectivas de expansão.

Ao final de 2014, deverá entrar em operação unidade da Refinaria do Nordeste (Rnest), com capacidade para 115 mil barris/dia. A segunda unidade da Rnest, em Pernambuco, não deve começar antes de meados de 2015.

Uma unidade de refino no Comperj, no Rio de Janeiro, deve começar a produzir em 2016.

Com o crescimento na produção no país projetado para este ano, após dois anos de recuo na extração, a estatal disse que prevê elevar suas exportações em 2014, após ter exportado quase 200 mil barris/dia de petróleo em 2013. A empresa não fez uma estimativa do aumento.

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São Paulo - A Petrobras avalia que poderá se beneficiar nos próximo anos do crescimento da produção de petróleo de concorrentes e sócias instaladas no Brasil, ao aumentar suas compras de óleo no mercado interno em meio à expansão de seu parque de refino.

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O volume adquirido atualmente no mercado interno é ainda muito pequeno, menos de 1 por cento da produção nacional, mas a estatal tem interesse em absorver parte da produção crescente das demais empresas que operam no país.

A produção dessas petroleiras saltou 164 por cento em abril, na comparação com o mesmo período do ano passado, para 393,6 mil barris de óleo equivalente ao dia (boe/d), segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), enquanto a extração da Petrobras cresceu 1,3 por cento na mesma comparação, para 2,273 milhões de boe/dia.

"A Petrobras tem interesse em absorver esses volumes, e espera aumentar suas compras na medida em que essas produções se tornarem mais significativas", disse a estatal, acrescentando que com o aumento da sua capacidade de refino, a empresa se beneficiará da maior disponibilidade de matéria-prima para suprir seu sistema.

A empresa comprou de terceiros, parceiros ou não, cerca 15,8 mil barris por dia em 2013, ante uma produção nacional de quase 2 milhões de barris/dia.

Com um crescimento expressivo da produção das outras petroleiras que atuam no Brasil, a participação da Petrobras no total produzido de petróleo e gás no país recuou para 85,2 por cento da extração nacional em abril, ante uma fatia de 93,8 por cento uma ano antes.

Importações

A Petrobras ressaltou que por enquanto as suas importações de petróleo não têm caído de forma relevante. "Tomando-se por base o período de janeiro a abril, a diferença do volume de petróleo importado entre 2013 e 2014 foi aproximadamente de 3 por cento", afirmou em nota enviada à Reuters.

Compras de combustíveis no mercado internacional, a preços superiores aos de venda no mercado interno, estão por trás de perdas gigantes da estatal na sua divisão de abastecimento.

A definição da quantidade de petróleo importado depende do volume de petróleo nacional produzido pela estatal e do nível de processamento de óleo cru nas refinarias, que têm operado a pleno vapor para fazer frente ao consumo interno.

A Petrobras destacou que possui um parque de refino, com unidades distribuídas pelo país, com capacidade de processamento de petróleo superior a 2 milhões barris por dia, com perspectivas de expansão.

Ao final de 2014, deverá entrar em operação unidade da Refinaria do Nordeste (Rnest), com capacidade para 115 mil barris/dia. A segunda unidade da Rnest, em Pernambuco, não deve começar antes de meados de 2015.

Uma unidade de refino no Comperj, no Rio de Janeiro, deve começar a produzir em 2016.

Com o crescimento na produção no país projetado para este ano, após dois anos de recuo na extração, a estatal disse que prevê elevar suas exportações em 2014, após ter exportado quase 200 mil barris/dia de petróleo em 2013. A empresa não fez uma estimativa do aumento.

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