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Petrobras eleva compras de óleo para atender refino recorde

Empresa atingiu volume recorde de refino de petróleo, superior à produção diária da estatal nos últimos meses

Plataforma da Petrobras: "A autossuficiência tão festejada (de petróleo) só aconteceu em 2009", disse Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura  (Mário Rofrigues/VEJA São Paulo)
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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2013 às 15h11.

Rio de Janeiro - A Petrobras vem processando em suas refinarias uma quantidade maior de petróleo do que produz no país, o que tem levado a estatal a aumentar suas importações da commodity em meio a um forte consumo, disse nesta terça-feira um especialista do setor.

A estatal informou nesta terça-feira que atingiu um recorde de refino de petróleo no dia 1o de janeiro, processando 2,111 milhões de barris ao dia. O volume é superior ao total produzido no país pela companhia durante os últimos meses.

Em novembro, último dado divulgado pela Petrobras, a extração média diária de óleo da empresa estava em 1,98 milhão de barris.

"A Petrobras está importando cargas de petróleo leve cada vez maiores para suas refinarias. A autossuficiência tão festejada só aconteceu em 2009", disse o especialista em energia e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), Adriano Pires, em entrevista à Reuters.

A companhia sempre importou petróleo mais leve e exportou parte de seu petróleo pesado produzido no Brasil. Mas, segundo Pires, a balança comercial da Petrobras está deficitária desde 2010.


GASOLINA

Além de importar petróleo, a Petrobras vem sofrendo com importações de gasolina nos últimos anos para atender ao mercado crescente.

Mas a empresa tem prejuízo com a área de combustíveis porque compra a preços internacionais, mas vende no mercado interno a preços regulados pelo governo federal, controlador da estatal, que não repassa a volatilidade externa para blindar a inflação.

Segundo a corretora Planner em relatório desta terça-feira, o custo da Petrobras de importar diesel e gasolina e vender mais barato no mercado interno foi de 2,9 bilhões de reais entre janeiro e setembro de 2012.

"Além disso, a Petrobras está deixando de ganhar, por vender mais barato no mercado nacional o combustível produzido em suas refinarias, um valor que estimamos em 18 bilhões de reais nos primeiros nove meses de 2012", escreveu a Planner.

Segundo a Petrobras, o recorde de processamento de petróleo no país contribui para a redução da importação de derivados. Mas a importação de gasolina é substituída pela compra de petróleo bruto, matéria-prima das refinarias.


A estatal disse que os investimentos feitos no aumento da eficiência operacional das refinarias e o trabalho integrado da empresa também contribuíram para a marca alcançada.

O recorde anterior de refino havia sido obtido em 12 de agosto de 2012, quando foi processado volume cerca de 10 mil barris/dia inferior à marca do primeiro dia deste ano.

A ação da Petrobras operava em queda de mais de 2 por cento às 15h48, enquanto o Ibovespa perdia 1,1 por cento.

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Rio de Janeiro - A Petrobras vem processando em suas refinarias uma quantidade maior de petróleo do que produz no país, o que tem levado a estatal a aumentar suas importações da commodity em meio a um forte consumo, disse nesta terça-feira um especialista do setor.

A estatal informou nesta terça-feira que atingiu um recorde de refino de petróleo no dia 1o de janeiro, processando 2,111 milhões de barris ao dia. O volume é superior ao total produzido no país pela companhia durante os últimos meses.

Em novembro, último dado divulgado pela Petrobras, a extração média diária de óleo da empresa estava em 1,98 milhão de barris.

"A Petrobras está importando cargas de petróleo leve cada vez maiores para suas refinarias. A autossuficiência tão festejada só aconteceu em 2009", disse o especialista em energia e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), Adriano Pires, em entrevista à Reuters.

A companhia sempre importou petróleo mais leve e exportou parte de seu petróleo pesado produzido no Brasil. Mas, segundo Pires, a balança comercial da Petrobras está deficitária desde 2010.


GASOLINA

Além de importar petróleo, a Petrobras vem sofrendo com importações de gasolina nos últimos anos para atender ao mercado crescente.

Mas a empresa tem prejuízo com a área de combustíveis porque compra a preços internacionais, mas vende no mercado interno a preços regulados pelo governo federal, controlador da estatal, que não repassa a volatilidade externa para blindar a inflação.

Segundo a corretora Planner em relatório desta terça-feira, o custo da Petrobras de importar diesel e gasolina e vender mais barato no mercado interno foi de 2,9 bilhões de reais entre janeiro e setembro de 2012.

"Além disso, a Petrobras está deixando de ganhar, por vender mais barato no mercado nacional o combustível produzido em suas refinarias, um valor que estimamos em 18 bilhões de reais nos primeiros nove meses de 2012", escreveu a Planner.

Segundo a Petrobras, o recorde de processamento de petróleo no país contribui para a redução da importação de derivados. Mas a importação de gasolina é substituída pela compra de petróleo bruto, matéria-prima das refinarias.


A estatal disse que os investimentos feitos no aumento da eficiência operacional das refinarias e o trabalho integrado da empresa também contribuíram para a marca alcançada.

O recorde anterior de refino havia sido obtido em 12 de agosto de 2012, quando foi processado volume cerca de 10 mil barris/dia inferior à marca do primeiro dia deste ano.

A ação da Petrobras operava em queda de mais de 2 por cento às 15h48, enquanto o Ibovespa perdia 1,1 por cento.

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