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Petrobras e sócias criam Lógum, empresa de logística para etanol

A companhia nasce com investimento previsto de R$ 6 bilhões até 2020

O poliduto terá capacidade instalada para transportar 21 milhões de metros cúbicos de etanol por ano quando estiver pronto, em janeiro de 2016 (Germano Lüders/EXAME.com)

O poliduto terá capacidade instalada para transportar 21 milhões de metros cúbicos de etanol por ano quando estiver pronto, em janeiro de 2016 (Germano Lüders/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de março de 2011 às 19h14.

Rio de Janeiro - A empresa criada pela Petrobras e parceiras para transporte e armazenamento de etanol, a Lógum Logística, trará aos clientes nos primeiros 10 anos uma economia média de 20 por cento em relação ao transporte rodoviário por utilizar apenas dutos e hidrovias, afirmaram nesta terça-feira os sócios da nova companhia.

Depois de terminado e amortizado o projeto, essa economia poderá subir para 50 por cento, segundo o presidente da nova companhia, Alberto Guimarães, funcionário da Petrobras que presidiu a já desfeita joint-venture com a Mitsui e a Camargo Corrêa para exportação de etanol.

Com foco no crescimento das exportações de etanol pelo Brasil, Petrobras (20 por cento), Copersucar (20 por cento), Cosan (20 por cento), Odebrecht (20 por cento), Camargo Correa (10 por cento) e Uniduto Logística (10 por cento) se uniram para construir um poliduto voltado para o transporte de álcool, mas que também poderá ser utilizado para diesel.

Odebrecht e Camargo Corrêa serão responsáveis pela construção do duto.

Ao todo serão investidos 6 bilhões de reais em 1.300 quilômetros, que passarão por 45 municípios. Desse montante, 80 por cento deverá ser financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A Lógum prevê ainda capacidade de armazenagem para 838 mil metros cúbicos de etanol.

O poliduto terá capacidade instalada para transportar 21 milhões de metros cúbicos de etanol por ano quando estiver pronto, em janeiro de 2016. O primeiro trecho, que liga Paulínia a Ribeirão Preto e custará 900 milhões de reais, entra em operação em dezembro de 2012 com capacidade para 12 milhões de metros cúbicos.

Sem Monopólio

Segundo o presidente da Cosan, Marcos Lutz, a empresa espera "a grosso modo" uma economia de cerca de 80 milhões de reais por ano quando estiver transportando pelos dutos da Lógum.

"É uma empresa focada em logística e cargas de terceiros serão bem vindas", disse Lutz negando que o poliduto será um monopólio das atuais sócias.

Segundo Guimarães, o sistema foi dimensionado para absorver o dobro da produção dos sócios. "Não tem volume reservado para sócio nenhum", garantiu Lutz.

Ele informou que a escolha de se fazer um poliduto e não apenas um alcoolduto visou justamente o enquandramento no marco regulatório do país.

Outra vantagem do projeto, quando for finalizado, segundo Guimarães, será a venda de créditos de carbono, já que com a substituição do transporte rodoviáio serão reduzidas emissões de 7 mil toneladas de CO2 por ano.

"A idéia é comercializar o carbono para otimizar ainda mais o projeto", disse Guimarães, que também não descartou uma futura abertura de capital da companhia.

"Não está em discussão, ela acabou de nascer....mas creio que sim", disse ao ser perguntado sobre uma possível capitalização no mercado de ações.

O último trecho a ser desenvolvido é a ligação com o porto de São Sebastião, no Rio de Janeiro, que receberá o etanol do Centro-Oeste e São Paulo para exportação, ou mesmo para cabotagem voltada para atender o mercado interno.

A maior parte do sistema será construído utilizando áreas de passagem de dutos já existentes da petrobras, o que facilitou a concessão de licenças ambientais, informou Guimarães.

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