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Petrobras deve elevar importação de gasolina em 2014

Segundo fonte, importações de gasolina estão previstas para atingir cerca de 60 mil barris/dia na média de 2014


	Posto da Petrobras: importações de diesel deverão cair para volumes entre 150 mil e 160 mil barris/dia, contra 174 mil barris/dia em 2013
 (Adriano Machado/Bloomberg)

Posto da Petrobras: importações de diesel deverão cair para volumes entre 150 mil e 160 mil barris/dia, contra 174 mil barris/dia em 2013 (Adriano Machado/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2014 às 18h30.

Rio de Janeiro - As importações de gasolina pela Petrobras deverão quase dobrar em 2014, com a estatal correndo para atender ao crescimento do consumo interno de combustíveis, disse à Reuters uma fonte da indústria familiarizada com o assunto.

As compras externas de gasolina estão previstas para atingir cerca de 60 mil barris/dia na média de 2014, ante 32 mil barris/dia em 2013, disse a fonte do setor, pedindo para não ser identificada.

As importações de petróleo e derivados no país são feitas em sua maioria pela estatal, que tem tido seus resultados afetados nos últimos anos pela política de combate à inflação do governo, que implica na venda pela estatal no mercado interno de combustíveis a valores mais baixos do que os de compra no mercado externo.

Tais compras externas de derivados de petróleo também estão entre os principais fatores que afetam o desempenho da balança comercial brasileira.

Procurada, a Petrobras não respondeu imediatamente a questionamentos sobre o assunto.

O aumento das importações de gasolina ocorreria diante de previsões do órgão regulador do setor de crescimento na demanda por combustíveis em 2014 de 4 a 5 por cento.

Além disso, em 2014 é muito provável que a Petrobras não conte com o crescimento de quase 20 por cento na produção de etanol registrado da safra do ano passado, o que colaborou para a empresa reduzir em 63 por cento as importações de gasolina em 2013 ante 2012.

As primeiras avaliações do setor apontam uma produção do biocombustível estagnada na temporada 2014/15 por conta da severa seca que atingiu as principais regiões produtoras.

Quando o preço do biocombustível é competitivo frente ao da gasolina, motoristas de carros flex tendem a elevar o consumo de etanol.


No ano passado, além de um maior consumo de etanol hidratado pelos carros bicombustíveis, a Petrobras ainda se beneficiou do aumento da mistura de etanol anidro na gasolina, que subiu de 20 para 25 por cento.

A avaliação da fonte leva em conta, entre outras coisas, que os produtores de etanol sejam capazes de produzir volumes suficientes para atender a mistura de 25 por cento de etanol anidro na gasolina.

Importação de Diesel 

A Petrobras, entretanto, deverá reduzir as importações de diesel para volumes entre 150 mil e 160 mil barris/dia, contra 174 mil barris/dia em 2013, segundo a fonte.

Isso principalmente pelo início da operação da Refinaria do Nordeste (Rnest), no último trimestre de 2014, que amenizará a necessidade de importação na média do ano.

"Serão dois meses cheios de refino da Rnest e isso vai influenciar bastante na média anual de importação", afirmou a fonte, destacando ainda que o diesel é o combustível mais vendido pela Petrobras e com importante impacto nas contas da estatal.

As vendas de diesel responderam por cerca de 43 por cento do consumo total de combustíveis em 2013 no Brasil, segundo dados da ANP.

A primeira fase da Rnest, no Nordeste, tem previsão de início de operações em novembro de 2014, com capacidade de 115 mil barris de petróleo por dia (o chamado trem 1), segundo a Petrobras.

A refinaria em Pernambuco será a unidade da Petrobras com a maior taxa de conversão de petróleo em diesel: o equivalente a 70 por cento de sua produção.

Atualizado às 18h28min do mesmo dia, para adicionar mais informações.

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