Petrobras anuncia corte de 20% em investimentos até 2016
A revisão foi feita após mudanças no patamar de cotação internacional de petróleo e do câmbio
Da Redação
Publicado em 5 de outubro de 2015 às 20h30.
Rio de Janeiro - Com o agravamento de sua situação financeira, em função da alta do dólar, a Petrobras anunciou nesta segunda-feira, 5, um novo corte de investimentos de 20% para o biênio 2015 e 2016.
A revisão foi feita após mudanças no patamar de cotação internacional de petróleo e do câmbio, segundo fato relevante divulgado pela estatal hoje.
A previsão é investir cerca de US$ 25 bilhões neste ano - um corte de 11% em relação ao Plano de Negócios e Gestão divulgado em junho, que previa investimentos de US$ 28 bilhões em 2015. Para 2016, o corte chega a 30%, de US$ 27 bilhões para US$ 19 bilhões.
"Na divulgação do Plano de Negócios e Gestão 2015-2019, a companhia havia informado que a execução do Plano estaria sujeita a fatores de risco que poderiam impactar adversamente suas projeções, dentre os quais estão incluídas mudanças de variáveis de mercado, como preço do petróleo e taxa de câmbio", justifica a estatal em fato relevante encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A petroleira, entretanto, não detalhou quais as atuais premissas de câmbio e cotação de Brent que nortearam a definição dos cortes.
"De modo a preservar seus objetivos fundamentais de desalavancagem e geração de valor para os acionistas, a companhia está ajustando suas previsões de investimento e gastos operacionais gerenciáveis", justifica o comunicado.
"A Petrobras reafirma seu compromisso em atuar com disciplina de capital e rentabilidade", completa a nota.
A empresa também detalhou o plano de desinvestimentos, previstos em US$ 15,1 bilhões até o próximo ano.
Para este ano, a companhia estima arrecadar apenas US$ 700 milhões com a venda de ativos - o que reforça a dificuldade da estatal em negociar diante do cenário adverso para toda a indústria petroleira, em especial com a crise de confiança no mercado brasileiro.
O volume de desinvestimentos deve ser alcançado com a confirmação da venda de 49% em ações da Gaspetro para a Mitsui, negociação que está em fase final de conclusão pela estatal, conforme comunicado divulgado há duas semanas.
O anúncio também reforça o adiamento da oferta pública de ações da BR Distribuidora, principal aposta da companhia para aliviar seu caixa.
O adiamento era defendido pelo presidente licenciado do conselho de administração da estatal, Murilo Ferreira -que deixou o cargo no último mês por divergências com o atual comando da estatal.
Em fato relevante divulgado hoje, a estatal também anunciou um corte de gastos gerenciáveis - como custos administrativos e despesas operacionais, excetuando matérias-primas.
Para este ano, a expectativa é cortar cerca de 4%, somando US$ 29 bilhões, ante os US$ 30 bilhões previstos inicialmente. Para o próximo ano, entretanto, o corte chegará a 23%, totalizando US$ 21 bilhões, de US$ 27 bilhões.
A previsão inicial da companhia, divulgada em junho, era gastar US$ 28 bilhões, em média, pelos próximos cinco anos.
A estatal não detalhou a origem da redução de gastos administrativos, mas a expectativa é que sejam intensificados cortes em funcionários terceirizados e revisões de contratos de prestação de serviço, o que já está em andamento.
Funcionários terceirizados relatam que as demissões podem começar entre outubro e novembro, sendo que parte do efetivo já estaria em aviso prévio.
Rio de Janeiro - Com o agravamento de sua situação financeira, em função da alta do dólar, a Petrobras anunciou nesta segunda-feira, 5, um novo corte de investimentos de 20% para o biênio 2015 e 2016.
A revisão foi feita após mudanças no patamar de cotação internacional de petróleo e do câmbio, segundo fato relevante divulgado pela estatal hoje.
A previsão é investir cerca de US$ 25 bilhões neste ano - um corte de 11% em relação ao Plano de Negócios e Gestão divulgado em junho, que previa investimentos de US$ 28 bilhões em 2015. Para 2016, o corte chega a 30%, de US$ 27 bilhões para US$ 19 bilhões.
"Na divulgação do Plano de Negócios e Gestão 2015-2019, a companhia havia informado que a execução do Plano estaria sujeita a fatores de risco que poderiam impactar adversamente suas projeções, dentre os quais estão incluídas mudanças de variáveis de mercado, como preço do petróleo e taxa de câmbio", justifica a estatal em fato relevante encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A petroleira, entretanto, não detalhou quais as atuais premissas de câmbio e cotação de Brent que nortearam a definição dos cortes.
"De modo a preservar seus objetivos fundamentais de desalavancagem e geração de valor para os acionistas, a companhia está ajustando suas previsões de investimento e gastos operacionais gerenciáveis", justifica o comunicado.
"A Petrobras reafirma seu compromisso em atuar com disciplina de capital e rentabilidade", completa a nota.
A empresa também detalhou o plano de desinvestimentos, previstos em US$ 15,1 bilhões até o próximo ano.
Para este ano, a companhia estima arrecadar apenas US$ 700 milhões com a venda de ativos - o que reforça a dificuldade da estatal em negociar diante do cenário adverso para toda a indústria petroleira, em especial com a crise de confiança no mercado brasileiro.
O volume de desinvestimentos deve ser alcançado com a confirmação da venda de 49% em ações da Gaspetro para a Mitsui, negociação que está em fase final de conclusão pela estatal, conforme comunicado divulgado há duas semanas.
O anúncio também reforça o adiamento da oferta pública de ações da BR Distribuidora, principal aposta da companhia para aliviar seu caixa.
O adiamento era defendido pelo presidente licenciado do conselho de administração da estatal, Murilo Ferreira -que deixou o cargo no último mês por divergências com o atual comando da estatal.
Em fato relevante divulgado hoje, a estatal também anunciou um corte de gastos gerenciáveis - como custos administrativos e despesas operacionais, excetuando matérias-primas.
Para este ano, a expectativa é cortar cerca de 4%, somando US$ 29 bilhões, ante os US$ 30 bilhões previstos inicialmente. Para o próximo ano, entretanto, o corte chegará a 23%, totalizando US$ 21 bilhões, de US$ 27 bilhões.
A previsão inicial da companhia, divulgada em junho, era gastar US$ 28 bilhões, em média, pelos próximos cinco anos.
A estatal não detalhou a origem da redução de gastos administrativos, mas a expectativa é que sejam intensificados cortes em funcionários terceirizados e revisões de contratos de prestação de serviço, o que já está em andamento.
Funcionários terceirizados relatam que as demissões podem começar entre outubro e novembro, sendo que parte do efetivo já estaria em aviso prévio.