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Petrobras analisará plano a cada 3 meses, dizem fontes

Segundo fontes, a estatal deverá realizar a cada três meses análises sobre o atual plano de negócios para verificar sua viabilidade

Plataforma da Petrobras: medida atende a um pedido dos membros do Conselho de Administração (Agência Petrobras)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2015 às 20h02.

Rio de Janeiro - A Petrobras deverá realizar a cada três meses análises sobre o atual plano de negócios, com o objetivo de avaliar premissas e riscos e para evitar que investidores se frustrem pelo eventual não cumprimento das metas, como vem acontecendo nos últimos anos, disseram duas fontes com conhecimento direto do assunto nesta sexta-feira.

A medida atende a um pedido dos membros do Conselho de Administração feito na reunião que aprovou o plano de negócios 2015-2019, em 26 de junho.

"O plano de negócios é muito importante para a empresa, então o Conselho quer estar bem atualizado sobre como ele está sendo levado, se tem alguma modificação que precisa ser feita", afirmou à Reuters a primeira fonte, na condição de anonimato.

A fonte destacou que mesmo que a empresa faça tudo como o planejado, o cenário pode mudar.

"Tem coisas que estão sob nosso controle e outras que não estão", afirmou a fonte. "Eu acho que isso era o que todo mundo queria, que o Conselho fosse participativo, se envolvesse bastante, e é isso que está acontecendo." Uma reunião extraordinária do Conselho foi realizada já na quinta-feira, 2 de julho. Nesse encontro, a pedido dos conselheiros, foram apresentadas análises mais profundas sobre a viabilidade da atual curva de produção e do cronograma de obras de plataformas. Também foram avaliados os cenários apresentados pela Petrobras para os preços do petróleo tipo Brent e para o dólar.

"O plano foi aprovado na sexta (26 de junho), mas ficaram esses esclarecimentos para serem apresentados", disse a segunda fonte, também pedindo para não ser identificada. "Essas análises serão feitas agora de três em três meses para que haja a possibilidade ou não de o plano ser revisado."

A Petrobras, no centro do escândalo de corrupção investigado pela operação Lava Jato, planeja investir 130,3 bilhões de dólares de 2015 a 2019, uma queda de cerca de 40 por cento em relação ao plano anterior, prevendo também a venda de dezenas de bilhões de dólares em ativos e uma considerável desaceleração do aumento da produção de petróleo no Brasil.

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Para a próxima reunião do Conselho, marcada para 24 de julho, os conselheiros têm a expectativa de que novas discussões sobre mudanças na estrutura organizacional sejam apresentadas. A pauta da reunião ainda não foi distribuída.

A extinção de algumas diretorias da Petrobras é uma das possibilidades, mas segundo as duas fontes ouvidas pela Reuters nada está definido.

Conversas preliminares sobre o tema fizeram parte da reunião de 26 de junho, conforme declarou o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, em coletiva de imprensa no início desta semana.

"Essa é uma questão que ainda não está resolvida", afirmou a segunda fonte. "Muitas questões que têm que ser pensadas, estruturadas. É um processo que tem que ter feito detalhadamente, está só começando a discussão, na verdade", completou.

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Rio de Janeiro - A Petrobras deverá realizar a cada três meses análises sobre o atual plano de negócios, com o objetivo de avaliar premissas e riscos e para evitar que investidores se frustrem pelo eventual não cumprimento das metas, como vem acontecendo nos últimos anos, disseram duas fontes com conhecimento direto do assunto nesta sexta-feira.

A medida atende a um pedido dos membros do Conselho de Administração feito na reunião que aprovou o plano de negócios 2015-2019, em 26 de junho.

"O plano de negócios é muito importante para a empresa, então o Conselho quer estar bem atualizado sobre como ele está sendo levado, se tem alguma modificação que precisa ser feita", afirmou à Reuters a primeira fonte, na condição de anonimato.

A fonte destacou que mesmo que a empresa faça tudo como o planejado, o cenário pode mudar.

"Tem coisas que estão sob nosso controle e outras que não estão", afirmou a fonte. "Eu acho que isso era o que todo mundo queria, que o Conselho fosse participativo, se envolvesse bastante, e é isso que está acontecendo." Uma reunião extraordinária do Conselho foi realizada já na quinta-feira, 2 de julho. Nesse encontro, a pedido dos conselheiros, foram apresentadas análises mais profundas sobre a viabilidade da atual curva de produção e do cronograma de obras de plataformas. Também foram avaliados os cenários apresentados pela Petrobras para os preços do petróleo tipo Brent e para o dólar.

"O plano foi aprovado na sexta (26 de junho), mas ficaram esses esclarecimentos para serem apresentados", disse a segunda fonte, também pedindo para não ser identificada. "Essas análises serão feitas agora de três em três meses para que haja a possibilidade ou não de o plano ser revisado."

A Petrobras, no centro do escândalo de corrupção investigado pela operação Lava Jato, planeja investir 130,3 bilhões de dólares de 2015 a 2019, uma queda de cerca de 40 por cento em relação ao plano anterior, prevendo também a venda de dezenas de bilhões de dólares em ativos e uma considerável desaceleração do aumento da produção de petróleo no Brasil.

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Para a próxima reunião do Conselho, marcada para 24 de julho, os conselheiros têm a expectativa de que novas discussões sobre mudanças na estrutura organizacional sejam apresentadas. A pauta da reunião ainda não foi distribuída.

A extinção de algumas diretorias da Petrobras é uma das possibilidades, mas segundo as duas fontes ouvidas pela Reuters nada está definido.

Conversas preliminares sobre o tema fizeram parte da reunião de 26 de junho, conforme declarou o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, em coletiva de imprensa no início desta semana.

"Essa é uma questão que ainda não está resolvida", afirmou a segunda fonte. "Muitas questões que têm que ser pensadas, estruturadas. É um processo que tem que ter feito detalhadamente, está só começando a discussão, na verdade", completou.

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