Negócios

Pedido de recuperação judicial não afeta rotina da LBR

"Colaboradores, clientes, produtores e cooperativas não serão afetados", disse a empresa

Fábrica da Parmalat em Guaratinguetá, SP (Alexandre Battibugli/EXAME)

Fábrica da Parmalat em Guaratinguetá, SP (Alexandre Battibugli/EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

São Paulo - A empresa de lácteos LBR, Lácteos Brasil S/A, informou, por meio de nota, que a decisão de entrar com pedido de recuperação judicial no Foro Central da Comarca de São Paulo não interferirá no dia a dia da companhia. "Colaboradores, clientes, produtores e cooperativas não serão afetados: a LBR vai honrar com os compromissos e efetuar os pagamentos em dia a funcionários e fornecedores, bem como manter os volumes de captação de leite e o fornecimento regular de seus produtos aos clientes", disse a empresa.

A LBR ainda declarou que a suspensão de pagamentos "essencialmente a credores financeiros" permitirá as mudanças necessárias para aumento da eficiência e sustentabilidade dos negócios. Hoje, a empresa possui cinco mil funcionários e tem 20 mil produtores entre seus fornecedores.

Entre as justificativas apresentadas pela companhia para a sua situação atual estão questões estruturais do setor de leite no País, que impactam negativamente na produtividade do negócio, dentre elas a pulverização dos produtores e a tributação ineficiente. "A LBR está fazendo sua parte para resolver o que está ao seu alcance, como o programa de capacitação dos fornecedores e o plano de reestruturação. No entanto, a solução também exige o envolvimento dos demais participantes do mercado e do governo. Confiante de que os diálogos já iniciados com o setor e autoridades vão direcionar esforços para a superação desses entraves, a LBR acredita que a indústria de leite brasileira retomará a competitividade frente a outros países", declarou.

Mudanças

A LBR também anunciou mudanças em sua diretoria. O engenheiro Rami Goldfajn é o novo presidente executivo. Com especialização pela UFRJ e Wharton Business School, Goldfajn foi presidente da Avipal/Eleva, adquirida pela Perdigão em 2008. O executivo também foi membro do conselho de administração da BRF, além de sócio da Galeazzi & Associados, consultoria focada em reestruturação de empresas.

Já o consultor da área de reestruturação financeira e recuperação judicial Nelson Bastos, reconhecido consultor da área de reestruturação financeira e recuperação judicial e sócio-fundador da consultoria IVIX, assumirá o cargo estatutário de diretor presidente da LBR e vai liderar o recém criado Comitê de Reestruturação.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasJustiçaLBR

Mais de Negócios

Ele criou um tênis que se calça sozinho. E esta marca tem tudo para ser o novo fenômeno dos calçados

30 franquias baratas a partir de R$ 4.900 com desconto na Black Friday

Ela transformou um podcast sobre namoro em um negócio de R$ 650 milhões

Eles criaram um negócio milionário para médicos que odeiam a burocracia