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PDVSA investirá US$20 bi para aumentar refino em 20%

Estatal acrescentaria 265 mil barris por dia (bpd) de capacidade de refino aos atuais 1,3 milhão de barris por dia


	Trabalhador em uma refinaria da Petroleos de Venezuela SA (PDVSA), perto de Punto Fijo
 (Diego Giudice/Bloomberg News)

Trabalhador em uma refinaria da Petroleos de Venezuela SA (PDVSA), perto de Punto Fijo (Diego Giudice/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2014 às 15h24.

Caracas - A petroleira estatal venezuelana PDVSA planeja investir 20 bilhões de dólares para expandir sua capacidade de refino em 20 por cento, disse um funcionário da empresa nesta quarta-feira, sem dar um prazo para a realização dos aportes.

O país, integrante da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), tem anunciado nos últimos anos planos agressivos de expansão para sua indústria de petróleo que não têm se concretizado, à medida que luta constantemente contra acidentes e interrupções em suas instalações de refino.

O chefe da área de refino, Jesus Luongo, disse que a PDVSA acrescentaria 265 mil barris por dia (bpd) de capacidade de refino aos atuais 1,3 milhão de barris por dia.

Os planos incluem dobrar a capacidade de El Palito ante os atuais 146 mil bpd e aumentar em 20 mil a 25 mil bpd a capacidade da refinaria Puerto la Cruz, de 187 mil bpd.

Os planos envolvem também otimizar as operações do Centro de Refino de Paraguaná (CRP) para aumentar a sua produção, que tem sido historicamente menor do que a sua capacidade de 965 mil bpd.

"Durante 100 anos de produção de petróleo, nós não fizemos o suficiente para desenvolver a nossa capacidade (de refino)", disse Luongo, durante conferência de petróleo na cidade de Puerto la Cruz, transmitida pela emissora de rádio da PDVSA. Questionado sobre o prazo para os investimentos, um porta-voz da venezuelana disse não ter imediatamente as informações.

O complexo CRP foi atingido, em 2012, por uma explosão e por um grande incêndio que matou quase quarenta pessoas e deixou uma de suas unidades de destilação desligada por meses.

Problemas crônicos no refino forçaram a PDVSA a depender das importações de combustível e de componentes de mistura para atender a demanda no mercado interno fortemente subsidiada, onde os motoristas podem encher um tanque de gasolina por menos do que pagam por um refrigerante.

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