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PDVSA anuncia pagamento de US$ 233 mi em juros de bônus da dívida

A PDVSA pediu a seus credores para "confiarem na capacidade logística, produtiva e financeira" da empresa

PDVSA: o prazo para quitar os dois títulos vence na próxima segunda-feira (Howard Yanes/Bloomberg News./Bloomberg)

PDVSA: o prazo para quitar os dois títulos vence na próxima segunda-feira (Howard Yanes/Bloomberg News./Bloomberg)

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AFP

Publicado em 24 de novembro de 2017 às 16h55.

A petroleira estatal venezuelana PDVSA, declarada em moratória parcial, garantiu nesta sexta-feira (24) que iniciou o pagamento de 233 milhões de dólares de juros de bônus da dívida, dias antes do vencimento do período de carência.

"O Governo Bolivariano e sua empresa PDVSA informam a todos os donos de bônus que iniciou, no dia de hoje, o processo de transferência para o pagamento dos juros dos Bônus PDVSA 8,5% 2020 e Bônus PDVSA 6% 2022", indicou a empresa em sua conta no Twitter.

O prazo para quitar os dois títulos - de 30 dias - vence na próxima segunda-feira.

A PDVSA pediu a seus credores para "confiarem na capacidade logística, produtiva e financeira" da empresa, que afirma que "cumpriu com todos seus compromissos, apesar da grosseira sabotagem do imperialismo e de seus lacaios nacionais".

A empresa se refere às sanções dos Estados Unidos, que proíbem a cidadãos do país negociar uma nova dívida pública venezuelana e que, segundo Caracas, provocam atrasos em seus pagamentos.

"Ratificamos a solvência e a solidez de nossa indústria petroleira, em luta contra as sanções ilegais", destacou a Petróleos de Venezuela, cujos títulos representam 30% da dívida externa do país, estimada em cerca de 150 bilhões de dólares, que o presidente Nicolás Maduro tenta refinanciar.

O governo venezuelano ainda não informou sobre o pagamento de 237 milhões de dólares, que deveria ter sido feito na última terça-feira, pelos rendimentos de seus bônus soberanos 2025 e 2026.

Devido ao calote dos pagamentos, a agência de classificação Santard & Poor's (S&P) voltou a declarar o país em moratória.

S&P e a também classificadora de risco Fitch já tinham declarado, nos últimos dias, a Venezuela e a PDVSA em default parcial, por atrasos com vários pagamentos de capital e juros da dívida soberana e da empresa.

A PDVSA também foi declarada, em 16 de novembro, em moratória pela Associação Internacional de Swaps e Derivados (ISDA) - que reúne credores -, por três atrasos em seus pagamentos, o que ativou o processo de pagamento de seguros.

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