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Para CEO do Santander, pior momento já passou

Risco de inadimplência das empresas caiu e setor de óleo e gás está mais estável, diz Santander

Santander: Risco de inadimplência das empresas caiu e setor de óleo e gás está mais estável, diz Santander (Bloomberg/Angel Navarrete)

Karin Salomão

Publicado em 28 de julho de 2016 às 17h51.

São Paulo – Para Sérgio Rial, presidente do Santander , o Brasil dá os primeiros sinais de que a economia está se recuperando.

“Estamos caminhando para a normalização da economia , com menos incertezas. O Brasil saiu do intenso debate político, que é positivo, e voltou a trabalhar”, disse ele, em coletiva a jornalistas.

O banco aposta na queda da inflação, da taxa de juros e PIB positivo em 2017.

O lucro do Santander cresceu 7,8% em relação ao mesmo trimestre do ano passado e atingiu R$ 1,81 bilhão. O Brasil foi responsável por 19% do resultado global do grupo, atrás apenas do Reino Unido, que contribuiu com 20%

Ainda que otimista, o banco tem tomado medidas para se proteger da instabilidade, assim como seus concorrentes.

Ele diminuiu a exposição, ou sua participação, em grandes grupos de empresas e continua aumentando as provisões de crédito .

A provisão protege o banco da inadimplência , o não pagamento de créditos feitos tanto por pessoas físicas quanto empresas.

Em relação aos últimos seis meses, o valor das provisões cresceu 7,6%. Em comparação com o trimestre anterior a alta foi de 3,7%, para R$ 2,51 bilhões.

Desde o ano passado, a inadimplência de curto prazo, de 15 a 90 dias, total subiu de 4,5% para 5,5%.

As empresas, principalmente as grandes companhias, foram as principais responsáveis por esse aumento. A inadimplência de pessoas físicas, ainda que mais alta, ficou praticamente estável nos últimos 12 meses.

Rial afirmou que uma grande empresa foi responsável pelo aumento nesse índice, mas não deu maiores detalhes sobre a empresa ou o setor.

Apesar desse caso, Rial acredita que o risco de calote ou inadimplência das empresas diminuiu muito em relação ao início do ano. “As empresas fizeram ajustes para adequar e alongar suas dívidas e reduzir a alavancagem. O risco está menor”, disse o presidente.

O setor de óleo e gás, que já causou grandes dores de cabeça, está mais protegido e o caminho para ajustar as dívidas está mais claro, afirmou.

Os principais motivos de preocupação ano passado eram a Sete Brasil e a Petrobras. A Sete Brasil está em recuperação judicial e deixou de pagar R$ 18 bilhões a um grupo de credores. A Petrobras, por outro lado, voltou ao mercado global de bônus em maio.

Financiamento digital

O Santander também anunciou o lançamento do financiamento digital para automóveis. Por enquanto, o projeto piloto está disponível em apenas três concessionárias e será expandido em janeiro de 2017.

O consumidor poderá fechar o financiamento de seu carro por meio de tablets nas lojas, eliminando ida à agência, burocracia e papelada.

“Com uma estrutura mais ágil, teremos menos custos e taxas de financiamentos melhores”, afirmou Rial.

O Banco do Brasil tem uma iniciativa semelhante. O banco disponibilizou R$ 3,5 bilhões de crédito feito pelo celular.

*Matéria alterada dia 28/7.

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São Paulo – Para Sérgio Rial, presidente do Santander , o Brasil dá os primeiros sinais de que a economia está se recuperando.

“Estamos caminhando para a normalização da economia , com menos incertezas. O Brasil saiu do intenso debate político, que é positivo, e voltou a trabalhar”, disse ele, em coletiva a jornalistas.

O banco aposta na queda da inflação, da taxa de juros e PIB positivo em 2017.

O lucro do Santander cresceu 7,8% em relação ao mesmo trimestre do ano passado e atingiu R$ 1,81 bilhão. O Brasil foi responsável por 19% do resultado global do grupo, atrás apenas do Reino Unido, que contribuiu com 20%

Ainda que otimista, o banco tem tomado medidas para se proteger da instabilidade, assim como seus concorrentes.

Ele diminuiu a exposição, ou sua participação, em grandes grupos de empresas e continua aumentando as provisões de crédito .

A provisão protege o banco da inadimplência , o não pagamento de créditos feitos tanto por pessoas físicas quanto empresas.

Em relação aos últimos seis meses, o valor das provisões cresceu 7,6%. Em comparação com o trimestre anterior a alta foi de 3,7%, para R$ 2,51 bilhões.

Desde o ano passado, a inadimplência de curto prazo, de 15 a 90 dias, total subiu de 4,5% para 5,5%.

As empresas, principalmente as grandes companhias, foram as principais responsáveis por esse aumento. A inadimplência de pessoas físicas, ainda que mais alta, ficou praticamente estável nos últimos 12 meses.

Rial afirmou que uma grande empresa foi responsável pelo aumento nesse índice, mas não deu maiores detalhes sobre a empresa ou o setor.

Apesar desse caso, Rial acredita que o risco de calote ou inadimplência das empresas diminuiu muito em relação ao início do ano. “As empresas fizeram ajustes para adequar e alongar suas dívidas e reduzir a alavancagem. O risco está menor”, disse o presidente.

O setor de óleo e gás, que já causou grandes dores de cabeça, está mais protegido e o caminho para ajustar as dívidas está mais claro, afirmou.

Os principais motivos de preocupação ano passado eram a Sete Brasil e a Petrobras. A Sete Brasil está em recuperação judicial e deixou de pagar R$ 18 bilhões a um grupo de credores. A Petrobras, por outro lado, voltou ao mercado global de bônus em maio.

Financiamento digital

O Santander também anunciou o lançamento do financiamento digital para automóveis. Por enquanto, o projeto piloto está disponível em apenas três concessionárias e será expandido em janeiro de 2017.

O consumidor poderá fechar o financiamento de seu carro por meio de tablets nas lojas, eliminando ida à agência, burocracia e papelada.

“Com uma estrutura mais ágil, teremos menos custos e taxas de financiamentos melhores”, afirmou Rial.

O Banco do Brasil tem uma iniciativa semelhante. O banco disponibilizou R$ 3,5 bilhões de crédito feito pelo celular.

*Matéria alterada dia 28/7.

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