Para Azul, "a concorrência está na contramão"
Segundo o fundador e presidente da companhia, David Neeleman, TAM e GOL erram ao reduzir as frotas em um momento em que a aviação precisa ampliar os serviços
Da Redação
Publicado em 9 de maio de 2012 às 16h13.
São Paulo - Enquanto TAM e Gol registram prejuízo, reduzem suas rotas e frotas e demitem funcionários, a Azul mantém seus planos de expansão. O fundador e presidente da Azul, David Neeleman, diz que "a concorrência é que está na contramão". Segundo ele, as companhias aéreas estão "erradas" em reduzir as frotas em um momento em que a aviação brasileira precisa ampliar os serviços para atender melhor uma demanda que cresce.
A Azul, que superou em fevereiro, pela primeira vez, a participação de 10% no mercado aéreo nacional, expandirá a operação este ano com 12 aeronaves adicionais na frota, mais de 300 contratações e um possível voo internacional para Punta del Este, no Uruguai. Neeleman ressaltou que, nos locais onde opera, citando Chapecó (SC) e Cascavel (PR), a Azul representa 70% do mercado. No aeroporto de Viracopos, em Campinas, esse porcentual é de 85%, e, segundo o executivo, chegará a 90% no curto prazo.
O aumento do querosene de aviação (QAV), que responde por um terço do total de custos das companhias aéreas e já fez com que a Gol passasse a cobrar por lanches e refrigerantes em alguns voos, não parece uma grande preocupação para o presidente da Azul. "Não pretendemos adquirir aviões de 180 lugares, que consomem muito mais combustível. Continuaremos operando com aeronaves menores", disse hoje, em entrevista à imprensa. Vale lembrar que, além de gastos reduzidos com querosene, os aviões menores garantem maiores taxas de ocupação.
No momento, TAM e Gol, as maiores companhias nacionais, ainda detêm juntas mais de 70% do mercado. Entretanto, em um momento em que essas principais concorrentes estão enxugando seus custos ou apresentando baixas taxa de crescimento, a Azul vem ampliando sua fatia de mercado. Apesar de isso não implicar, necessariamente, em rentabilidade, Neeleman afirmou nesta quarta-feira que está muito feliz com o lucro da empresa, que segundo ele, "vai muito melhor que a concorrência", embora não tenha revelado os números.
Conselho
O executivo disse ainda que a entrada do ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, no Conselho de Administração da empresa, em março, tem sido importante para consolidar o crescimento da aérea. "Meirelles nos influencia a fazer a coisa certa", disse. Ele destacou a experiência de Meirelles sobre a economia brasileira e disse que, como o novo conselheiro conhece bem a presidente Dilma Rousseff e os senadores, auxilia de forma bastante positiva a tomada de decisões e a expansão da Azul: "Ninguém melhor do que ele para nos ajudar a entender a classe C", disse, frisando que este é o público-alvo da empresa.
Neeleman esteve, nesta quarta-feira, no lançamento da Academia de Serviços Azul, dedicada à formação de profissionais da aviação, criada em parceria com o Santander e a EJ - Escola de Aeronáutica Civil. A primeira turma de comissários terá 25 alunos, e a de pilotos, 20. Neeleman comentou que a formação dos alunos não é uma garantia de emprego na Azul, mas eles terão vaga no processo seletivo. "Não vamos treinar mais pessoas do que precisamos. Quem entrar no curso, terá prioridade", afirmou.
São Paulo - Enquanto TAM e Gol registram prejuízo, reduzem suas rotas e frotas e demitem funcionários, a Azul mantém seus planos de expansão. O fundador e presidente da Azul, David Neeleman, diz que "a concorrência é que está na contramão". Segundo ele, as companhias aéreas estão "erradas" em reduzir as frotas em um momento em que a aviação brasileira precisa ampliar os serviços para atender melhor uma demanda que cresce.
A Azul, que superou em fevereiro, pela primeira vez, a participação de 10% no mercado aéreo nacional, expandirá a operação este ano com 12 aeronaves adicionais na frota, mais de 300 contratações e um possível voo internacional para Punta del Este, no Uruguai. Neeleman ressaltou que, nos locais onde opera, citando Chapecó (SC) e Cascavel (PR), a Azul representa 70% do mercado. No aeroporto de Viracopos, em Campinas, esse porcentual é de 85%, e, segundo o executivo, chegará a 90% no curto prazo.
O aumento do querosene de aviação (QAV), que responde por um terço do total de custos das companhias aéreas e já fez com que a Gol passasse a cobrar por lanches e refrigerantes em alguns voos, não parece uma grande preocupação para o presidente da Azul. "Não pretendemos adquirir aviões de 180 lugares, que consomem muito mais combustível. Continuaremos operando com aeronaves menores", disse hoje, em entrevista à imprensa. Vale lembrar que, além de gastos reduzidos com querosene, os aviões menores garantem maiores taxas de ocupação.
No momento, TAM e Gol, as maiores companhias nacionais, ainda detêm juntas mais de 70% do mercado. Entretanto, em um momento em que essas principais concorrentes estão enxugando seus custos ou apresentando baixas taxa de crescimento, a Azul vem ampliando sua fatia de mercado. Apesar de isso não implicar, necessariamente, em rentabilidade, Neeleman afirmou nesta quarta-feira que está muito feliz com o lucro da empresa, que segundo ele, "vai muito melhor que a concorrência", embora não tenha revelado os números.
Conselho
O executivo disse ainda que a entrada do ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, no Conselho de Administração da empresa, em março, tem sido importante para consolidar o crescimento da aérea. "Meirelles nos influencia a fazer a coisa certa", disse. Ele destacou a experiência de Meirelles sobre a economia brasileira e disse que, como o novo conselheiro conhece bem a presidente Dilma Rousseff e os senadores, auxilia de forma bastante positiva a tomada de decisões e a expansão da Azul: "Ninguém melhor do que ele para nos ajudar a entender a classe C", disse, frisando que este é o público-alvo da empresa.
Neeleman esteve, nesta quarta-feira, no lançamento da Academia de Serviços Azul, dedicada à formação de profissionais da aviação, criada em parceria com o Santander e a EJ - Escola de Aeronáutica Civil. A primeira turma de comissários terá 25 alunos, e a de pilotos, 20. Neeleman comentou que a formação dos alunos não é uma garantia de emprego na Azul, mas eles terão vaga no processo seletivo. "Não vamos treinar mais pessoas do que precisamos. Quem entrar no curso, terá prioridade", afirmou.