Para a Kellogg, o desafio é ir além de Sucrilho`s e Pringles
Companhia americana especializada em café da manhã investe para entrar na onda dos produtos saudáveis
Da Redação
Publicado em 31 de outubro de 2018 às 06h00.
Última atualização em 31 de outubro de 2018 às 06h00.
Companhia mundialmente conhecida da por seus cereais matinais, a Kellogg , dona do Sucrilhos, divulga nesta quarta-feira seu balanço do terceiro trimestre para mostrar que os tempos açucarados não deixaram saudade.
Analistas esperam que a empresa registre ganhos de até 1,11 dólar por ação, uma alta de 1,9% em relação ao ano anterior. Com isso, o lucro por ação da companhia passará de 4,5 dólares para 4,73 dólares por ação.
Embora modesto, o resultado mostra que a guinada sustentável da Kellogg não trouxe prejuízos. A empresa tradicionalmente apostava em ser líder no café da manhã das famílias americanas, o que lhe rendia um mercado seguro, mas sem grandes emoções, com expansão de 1% ao ano. Mas a onda saudável, que inundou os cafés da manhã com torradas com avocado forçou a empresa a buscar um mercado mais amplo — e com mais potencial de crescimento.
Neste mês, a companhia anunciou uma parceria com a empresa americana de reciclagem TerraCicle para fabricar embalagens das famosas batatinhas Pringles com material reciclado. Com a mudança, a empresa pretende produzir, até 2025, embalagens 100% recicláveis, economizando 480 toneladas de embalagens não recicladas por ano.
Além das embalagens, a companhia lançou, neste ano, produtos mais saudáveis. Entre os cereais sem açúcar estão granola e cereais integrais. Os produtos foram uma aposta no mercado de produtos naturais e orgânicos, em crescimento no mundo todo. Além dos cereais, a Kellogg passou a vender produtos sem óleo de palma, sem corantes ou conservantes, ricos em fibra, com um baixo teor em sal e que são fonte natural de magnésio. Com isso, cinco de seis produtos podem ser consumidos por pessoas veganas.
Apostando no nicho dos saudáveis, a dona do Sucrilhos planeja agora crescer 3% ao ano. Isso não significa, necessariamente, abrir mão de uma vez dos produtos trouxeram a empresa até aqui. A fábrica da batata Pringles, no Brasil, recebeu novos investimentos. Nos últimos três anos, a ação da companhia andou de lado, em mais um sinal de que a virada para os saudáveis não se faz do dia para a noite.