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Pão de Açúcar investe R$ 100 milhões para reformar o Extra

Com 137 lojas com bandeira Extra no país, o grupo quer tornar esse modelo de negócio mais atraente ao consumidor


	Supermercado Extra: a decisão de reformular os hipermercados faz parte da estratégia do grupo francês Casino
 (Gcastro/Wikimedia Commons)

Supermercado Extra: a decisão de reformular os hipermercados faz parte da estratégia do grupo francês Casino (Gcastro/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2015 às 09h10.

São Paulo - O Grupo Pão de Açúcar (GPA) vai investir R$ 100 milhões para reformular seus hipermercados, formato que está desgastado no varejo.

Com 137 lojas com bandeira Extra no País, o grupo quer tornar esse modelo de negócio mais atraente ao consumidor, com a reforma das unidades, readequação de sortimento de produtos e preços mais competitivos, disse Laurent Cadillat, diretor executivo do Extra.

Até o fim deste mês, o GPA vai relançar duas unidades dentro desse novo conceito - as unidades Ricardo Jafet e Guaianases, ambas em São Paulo.

A decisão de reformular os hipermercados faz parte da estratégia do grupo francês Casino, controlador do GPA, de simplificar o formato dessas lojas e elevar as vendas da bandeira.

"Faz parte de uma tendência mundial, que não acomoda mais o modelo de hipermercado grande e de variado sortimento. O conceito mudou. O grupo Casino tem um modelo de multiformato, com lojas de proximidades e supermercados, que atendem às demandas dos consumidores", disse.

A expectativa com essas alterações é de um crescimento significativo nas vendas dessas novas lojas, que perderam espaço com o avanço dos "atacarejos". O GPA é dono da rede Assaí.

Em 2014, o Extra Hiper foi a única bandeira do grupo que registrou desempenho negativo de vendas. Neste primeiro trimestre, as vendas líquidas dos hipermercados caíram 0,8%, sobre o mesmo período de 2014.

A companhia criou uma equipe para reformular os hipermercados, que passarão a ter corredores mais largos para facilitar a circulação dos carrinhos de compra; um paredão com ofertas logo na entrada das lojas, com produtos com preços mais agressivos.

As unidades terão incremento na prestação de serviço, focados no açougue, peixaria, frios, rotisserie e padaria. Além de um setor especial, com itens premium, com orgânicos, importados e funcionais a preços acessíveis.

Essas mudanças, segundo Cadillat, refletem uma pesquisa feita com consumidores.

A linha de não alimentos terá um incremento de produtos, com mais opções de smartphones, televisão e aparelhos de áudio. Dentro desse espaço, a companhia pretende ampliar o conceito de Extra Mobile, para venda exclusiva de aparelhos e serviços de telefonia móvel, incluindo planos das principais operadoras do País, lançado em março em algumas lojas da rede. Os hipermercados também passarão a vender colchões.

O Grupo Pão de Açúcar também anunciou ontem que vai ampliar o conceito de compra feita pela internet, com retirada dos produtos nas lojas físicas da rede. A operação, iniciada em 2013, é feita pelos sites operados pela Cnova - divisão de comércio eletrônico do grupo.

No primeiro trimestre, atingiu 212 lojas, incluindo unidades do Extra (205, entre alimento e não alimentos) e do Pão de Açúcar (sete, exclusivamente para alimentos).

O número é o dobro do verificado no fechamento do ano de 2014, com 106 lojas. No Extra, o projeto atende pelo nome "Retira em loja" e no Pão de Açúcar é chamado "Clique e Retira".

Resultados

Neste primeiro trimestre, o GPA registrou receita líquida de R$ 17,237 bilhões, um aumento de 14,8% sobre igual período do ano passado.

O lucro líquido da companhia foi de R$ 252 milhões, com recuo de 25,6% sobre o primeiro trimestre de 2014.

Já o Ebtida (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) consolidado foi de R$ 949 milhões, queda de 9,6% sobre o mesmo período do ano passado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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