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Onde é mais difícil contratar funcionários qualificados?

Segundo levantamento da Hays, a dificuldade na contratação de mão-de-obra especializada é um gargalo para o crescimento de países

Estados Unidos divide com a Alemanha o primeiro lugar entre os países com dificuldade de contratação de mão-de-bra (Stock.xchng)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de março de 2013 às 18h52.

São Paulo – A dificuldade na contratação de mão-de-obra especializada não é um obstáculo só para os empregadores brasileiros. O Hays Global Skills Index 2012, divulgado nesta segunda-feira, mostra que mesmo em países com alto desemprego há dificuldades em encontrar profissionais qualificados – e com salários menos inflacionados.

As maiores dificuldades de contratação estão na Alemanha e nos Estados Unidos, que tiveram nota 6,4 no índice – o índice varia de zero a 10 pontos, sendo a nota máxima atribuída à maior dificuldade de adequação de mão-de-obra ao mercado local.

Estados Unidos

No caso dos Estados Unidos, o estudo explica que não há profissionais experientes o suficiente para ocupar postos de trabalho em variadas indústrias – em especial óleo e gás, ciências da vida e tecnologia da informação.

Por ter a maior parte de sua mão-de-obra pouco qualificada para estes setores, os cargos de alta especialização acabam por ter salários pressionados. A aproximação da aposentadoria de funcionários com mais de 20 anos de experiência estreita ainda mais o gargalo, criando um cenário similar ao vivenciado pelo Canadá.

Alemanha

A crise econômica ainda não deu trégua na Europa, mas na Alemanha houve setores que escaparam. Maior economia do continente, a Alemanha vivencia uma inflação de salários em cargos de alta especialização. As maiores limitações estão em engenharia, tecnologia da informação e na construção.

Brasil

O Brasil está na 7ª posição, entre os países com maior dificuldade de contratação. Segundo o levantamento da Hays, esse é um traço característico de economias emergentes que viram um forte e rápido crescimento no passado recente e, por isso, estão menos preparadas para lidar a evolução. México aparece em 5º lugar e a China em 10º.

Por aqui, a maior dificuldade é quase um consenso entre empregadores: a legislação trabalhista parece atrapalhar muito os processos de contratação. O Brasil é eleito número um no quesito “inflexibilidade do mercado de trabalho”, com nota 7,1 neste aspecto.

As dificuldades vão desde o trabalho temporário e jornadas flexíveis até a contratação de estrangeiros para suprimento de vagas.

A educação também é um gargalo. “Enquanto o Brasil desfruta dos benefícios de um grande número de universidades, elas não estão produzindo pessoas com as habilidades desejadas”, informa o material. “Em setores como óleo e gás, empregadores dependem da importação de mão-de-obra por falta de pessoas no local.”

A alta dos salários por aqui também é sinalizada pelo estudo, especialmente nos setores de extração mineral.

México

Como no Brasil, no México também faltam especialistas. Somado a isso, os salários na construção civil e nos serviços técnicos e científicos aumentaram 11% e 18% respectivamente no último ano.

Veja as notas dos países no The Global Skills Index 2012, da Hays em parceria com a Oxford Economics.

PaísNota
Alemanha6,4
Estados Unidos6,4
Hungria6,1
Suécia6,1
Austrália5,9
México5,9
Brazil5,7
Canadá5,6
China5,5
Espanha5,5
Suíça5,4
Japão5,3
Portugal5,3
Polônia5,2
Rússia5,2
Cingapura5,1
Reino Unido5
Nova Zelândia4,8
República Tcheca4,6
França4,5
Irlanda4,4
Dinamarca4,3
Índia4,2
Holanda4,2
Hong Kong3,7
Bélgica3,3
Itália3,3

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São Paulo – A dificuldade na contratação de mão-de-obra especializada não é um obstáculo só para os empregadores brasileiros. O Hays Global Skills Index 2012, divulgado nesta segunda-feira, mostra que mesmo em países com alto desemprego há dificuldades em encontrar profissionais qualificados – e com salários menos inflacionados.

As maiores dificuldades de contratação estão na Alemanha e nos Estados Unidos, que tiveram nota 6,4 no índice – o índice varia de zero a 10 pontos, sendo a nota máxima atribuída à maior dificuldade de adequação de mão-de-obra ao mercado local.

Estados Unidos

No caso dos Estados Unidos, o estudo explica que não há profissionais experientes o suficiente para ocupar postos de trabalho em variadas indústrias – em especial óleo e gás, ciências da vida e tecnologia da informação.

Por ter a maior parte de sua mão-de-obra pouco qualificada para estes setores, os cargos de alta especialização acabam por ter salários pressionados. A aproximação da aposentadoria de funcionários com mais de 20 anos de experiência estreita ainda mais o gargalo, criando um cenário similar ao vivenciado pelo Canadá.

Alemanha

A crise econômica ainda não deu trégua na Europa, mas na Alemanha houve setores que escaparam. Maior economia do continente, a Alemanha vivencia uma inflação de salários em cargos de alta especialização. As maiores limitações estão em engenharia, tecnologia da informação e na construção.

Brasil

O Brasil está na 7ª posição, entre os países com maior dificuldade de contratação. Segundo o levantamento da Hays, esse é um traço característico de economias emergentes que viram um forte e rápido crescimento no passado recente e, por isso, estão menos preparadas para lidar a evolução. México aparece em 5º lugar e a China em 10º.

Por aqui, a maior dificuldade é quase um consenso entre empregadores: a legislação trabalhista parece atrapalhar muito os processos de contratação. O Brasil é eleito número um no quesito “inflexibilidade do mercado de trabalho”, com nota 7,1 neste aspecto.

As dificuldades vão desde o trabalho temporário e jornadas flexíveis até a contratação de estrangeiros para suprimento de vagas.

A educação também é um gargalo. “Enquanto o Brasil desfruta dos benefícios de um grande número de universidades, elas não estão produzindo pessoas com as habilidades desejadas”, informa o material. “Em setores como óleo e gás, empregadores dependem da importação de mão-de-obra por falta de pessoas no local.”

A alta dos salários por aqui também é sinalizada pelo estudo, especialmente nos setores de extração mineral.

México

Como no Brasil, no México também faltam especialistas. Somado a isso, os salários na construção civil e nos serviços técnicos e científicos aumentaram 11% e 18% respectivamente no último ano.

Veja as notas dos países no The Global Skills Index 2012, da Hays em parceria com a Oxford Economics.

PaísNota
Alemanha6,4
Estados Unidos6,4
Hungria6,1
Suécia6,1
Austrália5,9
México5,9
Brazil5,7
Canadá5,6
China5,5
Espanha5,5
Suíça5,4
Japão5,3
Portugal5,3
Polônia5,2
Rússia5,2
Cingapura5,1
Reino Unido5
Nova Zelândia4,8
República Tcheca4,6
França4,5
Irlanda4,4
Dinamarca4,3
Índia4,2
Holanda4,2
Hong Kong3,7
Bélgica3,3
Itália3,3
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