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OSX tenta escapar do mesmo destino da OGX

Duas empresas possuem negócios interligados, e a OSX é pesadamente dependente das encomendas da OGX


	Instalação da OSX: companhia apresentou planos que combinam cortes de despesas, venda de ativos e busca por novos parceiros operacionais
 (Sergio Moraes/Reuters)

Instalação da OSX: companhia apresentou planos que combinam cortes de despesas, venda de ativos e busca por novos parceiros operacionais (Sergio Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2013 às 22h29.

Rio - A OSX tenta escapar do destino da OGX, empresa de petróleo e gás, que esta semana decretou default no pagamento de dívida e que configura o que se pode chamar de maior calote de títulos de dívida corporativa. As duas empresas, controladas por Eike Batista, possuem negócios interligados, e a OSX é pesadamente dependente das encomendas da OGX. Entretanto, o modelo de negócios da OSX, construtora de navios, se desenrolou após a OGX ter dito que não cumpriria com suas metas ambiciosas de produção, e a OSX está agora em busca de outros clientes.

"OSX é uma companhia que tem grandes clientes e um enorme portfólio que vem de outros clientes", afirmou o executivo-chefe Marcelo Gomes em entrevista. "Com a queda nas encomendas, precisamos rever o que fizemos antes."

A OSX, que tem perto de US$ 2,41 bilhões em dívidas, está renegociando contratos com fornecedores e credores, acrescentou Gomes. A empresa também está em negociações para a venda de pelo menos uma de suas plataformas de perfuração nos próximos meses e está em busca de vários parceiros para sua unidade de construção naval no estaleiro em Porto do Açu, em construção no Rio de Janeiro.

A OSX apresentou planos que combinam cortes de despesas, venda de ativos e busca por novos parceiros operacionais. Se for bem-sucedida, o plano permitirá que a empresa saia do aperto financeiro nos próximos seis meses, e um movimento em direção à uma posição mais saudável no final de 2014, afirmou Gomes.

A empresa está em discussões com três potenciais compradores para a unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo, FPSO OSX-2, confirmou Gomes. A OSX-2 foi usada em campos de petróleo previamente em desenvolvimento pela OGX e está atualmente estacionada na Ásia.

Embora uma FPSO nova custe em torno de US$ 1,1 bilhão a US$ 1,2 bilhão, as ofertas até o momento estão abaixo deste patamar porque a plataforma precisa ser adaptada às necessidades de seu novo proprietário, afirmou Gomes.

A OSX-1 está operando em um campo de petróleo que a OGX planeja descontinuar no próximo ano, desta forma também poderia ser vendida, acrescentou Gomes, e a OSX-3, que chegou ao Brasil em agosto, está em uso no campo de Tubarão Martelo, considerado o campo de petróleo mais viável da OGX. Fonte: Dow Jones Newswires.

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