Trajetos urbanos: ideia é popularizar o serviço que é feito pelos helicópteros (Gol Linhas Aéreas/Divulgação)
Agência O Globo
Publicado em 22 de setembro de 2021 às 07h28.
Última atualização em 22 de setembro de 2021 às 10h42.
Nos últimos meses, anúncios de parcerias e a divulgação de desenhos com simulações futuristas dignas do desenho animado "Os Jetsons" têm marcado uma disputa pelos ares das grandes cidades, embora ainda no papel dos projetos.
Trata-se da corrida pelos chamados “carros voadores”, veículos aéreos elétricos (os chamados e-VTOLs), que prometem funcionar como uma espécie de táxi aéreo para curtas distâncias.
A promessa é de viagens bem mais baratas e menos barulhentas que as dos atuais helicópteros, o que poderia popularizar em pouco tempo um novo meio de transporte.
Há dezenas de projetos desse tipo em desenvolvimento no mundo, geralmente unindo fabricantes de aeronaves e companhias aéreas, mas no Brasil três chamam a atenção.
Veja a seguir como as empresas brasileiras estão se preparando para esta tendência:
A parceria entre a companhia aérea brasileira Gol e a britânica Avalon tem como objetivo ter 250 aeronaves elétricas, com decolagem e pouso vertical, operando em 2025.
Os aparelhos do tipoVA-X4 eVTOL foram criados pela britânica Vertical Aerospace. O acordo anunciado esta semana busca ajudar a Gol a crescer no transporte aéreo regional.
As aeronaves poderão transportar até quatro passageiros e um piloto, com autonomia para cumprir uma viagem de até 160 quilômetros.
A companhia aérea brasileira Azul foi buscar na alemã Lilium uma parceria para trazer ao país 220 aeronaves do tipo eVTOL a partir de 2025.
O modelo tem autonomia de 250 quilômetros de voo a 3 mil metros de altitude. Objetivo é operar rotas curtas para aumentar a conectividade entre cidades.
A Azul vai investir até US$ 1 bilhão na aquisição dos aparelhos quando saírem do papel. Eles podem transportar seis pessoas, além do piloto, e têm compartimento de bagagem.
A decolagem vertical dos eVTOL, como é a dos drones e dos helicópteros, deve facilitar a infraestrutura de embarque de desembarque.
O aparelho em desenvolvimento tem autonomia de 250 quilômetros de voo a 3 mil metros de altitude.
Em outubro do ano passado, a Embraer anunciou o lançamento da Eve, uma subsidiária voltada para a inovação e o desenvolvimento de um carro voador.
A fabricante brasileira de aviões trabalha no desenvolvimento de dois veículos.
Já está em fase de testes no solo um protótipo menor que o eVTOL. O outro projeto tem o tamanho real do veículo elétrico que as outras empresas estão desenvolvendo.
A Eve já firmou parceria com aéreas estrangeiras para o projeto e vai iniciar testes da operação logística no Rio ainda este ano usando helicópteros. Uma das parceiras já anunciadas é a Kenya Airways.
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