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Os números que mostram o tamanho do problema da Oi

No último trimestre, a empresa de telefonia viu o número de clientes e receita líquida cair, mas a dívida, por outro lado, aumentou

Oi: a empresa viu o número de clientes e receita líquida cair, mas a dívida aumentou (Marcelo Correa/EXAME.com)

Karin Salomão

Publicado em 11 de agosto de 2016 às 15h22.

São Paulo – Prejuízo de R$ 656 milhões e dívida bruta de R$ 46,49 bilhões não são os únicos problemas da Oi.

Ainda que a companhia, que está em processo de recuperação judicial , tenha divulgado novos planos para recuperar o crescimento, no 2º trimestre os números ainda caíram em relação ao ano passado.

A empresa de telefonia viu o número de clientes, receita líquida e Ebitda cair. A dívida, por outro lado, aumentou.

A dívida líquida, que é o valor devido menos o que a companhia tem em caixa, cresceu 19,46% para R$ 41,39 bilhões, impactada principalmente pelo pagamento da última parcela da licença para operar a rede 3G, rescisões trabalhistas e pagamento de depósitos judiciais.

Esses pagamentos ocorreram antes do início da recuperação judicial, que foi anunciado em 20 de junho. Agora, a empresa irá renegociar o que deve e como irá pagar esse valor com seus credores.

A receita líquida da Oi totalizou R$ 6,32 bilhões, queda de 3,5% em relação ao ano passado. Ela afirmou que os dois principais motivos foram a queda na recarga de pré-pago e de serviços para outras empresas, que foi 4,6% menor no ano.

Segundo a Oi, a crise econômica foi o principal motivo para isso. Com a crise , clientes deixam de recarregar o celular e pequenas e médias empresas cortam custos em serviços de ligação.

Em meio a tantos números negativos, ela destacou um dado animador: a receita com dados móveis subiu 20,3%, com maior cobertura e uso de redes 3G e 4G.

Horizonte positivo

Os próximos trimestres devem ser melhores, disse Marco Schroeder, que assumiu como diretor presidente da Oi em junho.

A grande aposta é o Oi Total, que inclui TV paga, celular, telefone fixo e banda larga. Cerca de 4,4% da base total de telefonia fixa já foi transferida para o pacote, lançado em março deste ano.

Ampliar os serviços oferecidos não só fideliza o cliente e diminui o número de desinstalações – algo necessário à companhia, que viu o número de clientes residenciais diminuir 3,8% em relação ao ano passado.

A proposta também aumenta a receita média por cliente, que chegou a R$ 82,10 no trimestre.

Esse é um dos primeiros sinais positivos de retomada que a companhia apresentou no seu balanço. Com a apresentação do plano de recuperação judicial, que será feita até setembro, e o desenrolar do processo, ficará mais claro como a Oi pretende se reerguer do maior calote da história.

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São Paulo – Prejuízo de R$ 656 milhões e dívida bruta de R$ 46,49 bilhões não são os únicos problemas da Oi.

Ainda que a companhia, que está em processo de recuperação judicial , tenha divulgado novos planos para recuperar o crescimento, no 2º trimestre os números ainda caíram em relação ao ano passado.

A empresa de telefonia viu o número de clientes, receita líquida e Ebitda cair. A dívida, por outro lado, aumentou.

A dívida líquida, que é o valor devido menos o que a companhia tem em caixa, cresceu 19,46% para R$ 41,39 bilhões, impactada principalmente pelo pagamento da última parcela da licença para operar a rede 3G, rescisões trabalhistas e pagamento de depósitos judiciais.

Esses pagamentos ocorreram antes do início da recuperação judicial, que foi anunciado em 20 de junho. Agora, a empresa irá renegociar o que deve e como irá pagar esse valor com seus credores.

A receita líquida da Oi totalizou R$ 6,32 bilhões, queda de 3,5% em relação ao ano passado. Ela afirmou que os dois principais motivos foram a queda na recarga de pré-pago e de serviços para outras empresas, que foi 4,6% menor no ano.

Segundo a Oi, a crise econômica foi o principal motivo para isso. Com a crise , clientes deixam de recarregar o celular e pequenas e médias empresas cortam custos em serviços de ligação.

Em meio a tantos números negativos, ela destacou um dado animador: a receita com dados móveis subiu 20,3%, com maior cobertura e uso de redes 3G e 4G.

Horizonte positivo

Os próximos trimestres devem ser melhores, disse Marco Schroeder, que assumiu como diretor presidente da Oi em junho.

A grande aposta é o Oi Total, que inclui TV paga, celular, telefone fixo e banda larga. Cerca de 4,4% da base total de telefonia fixa já foi transferida para o pacote, lançado em março deste ano.

Ampliar os serviços oferecidos não só fideliza o cliente e diminui o número de desinstalações – algo necessário à companhia, que viu o número de clientes residenciais diminuir 3,8% em relação ao ano passado.

A proposta também aumenta a receita média por cliente, que chegou a R$ 82,10 no trimestre.

Esse é um dos primeiros sinais positivos de retomada que a companhia apresentou no seu balanço. Com a apresentação do plano de recuperação judicial, que será feita até setembro, e o desenrolar do processo, ficará mais claro como a Oi pretende se reerguer do maior calote da história.

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