Os negócios, desafetos e história de Zuckerberg em 37 fotos
Um dos mais jovens bilionários do mundo, Zuckerberg se destacava ainda criança; veja a sua trajetória nas fotos a seguir
Tatiana Vaz
Publicado em 12 de abril de 2013 às 16h02.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h39.
O jeito despojado de Mark Zuckerberg , aliado a sua criatividade e empreendedorismo, fez dele um dos poucos empresários-celebridades mundiais, com direito até a um grafite no muro de Berlim, capital da Alemanha, com o ano de seu nascimento, 1984. Nada mal para o estudante tímido, quando criança, que era destaque nas aulas de arte e cultura clássica e, aos poucos, foi se destacando com prêmios de astronomia, matemática e física. O garoto era chamado por alguns professores de “pequeno gênio” desde essa época e chegou a fazer parte da equipe de esgrima no colégio Ardshley High School, onde estudava.
Grandes árvores cercam a mansão de Zuckerberg em Palo Alto, na Califórnia – uma propriedade com valor estimado de 6 milhões de dólares. Nada mal para o segundo bilionário mais jovem do mundo, aos 28 anos – ele só não está na primeira posição por uma diferença de meses com Dustin Moskovitz, seu ex-colega de quarto, que o ajudou a fundar o Facebook. O patrimônio de Mark, estimado em 13,3 bilhões de dólares, é quase quatro vezes maior ao do primeiro colocado, além de ser uma fortuna suficiente para deixá-lo no 66º lugar entre os mais ricos do mundo.
Nesta imagem, Mark fala aos jornalistas na Universidade de Harvard, em novembro de 2011, sobre inovação e empreendedorismo. Ele aproveita a visita para recrutar estudantes para empregos e estágios na rede social que, desde então, tem expandido seus negócios pelo mundo. A maneira informal e, ao mesmo tempo, desafiadora da empresa chama a atenção de jovens pelo mundo e faz do Facebook uma das empresas mais atrativas para trabalhar atualmente.
Robin Roberts, de um dos programas mais populares dos Estados Unidos, transmitido pela rede ABC, o Good Morning America, entrevista Mark Zuckerberg em maio, na sede da empresa. Nos últimos três anos, Mark foi uma das pessoas que mais apareceram na mídia no mundo, sendo capa de muitas publicações de peso, como a Time e Fortune. Por aqui, ele também estampou as capas das principais revistas do país.
Em uma festa promovida por sua fraternidade no segundo ano de faculdade, Zuckerberg conheceu Priscilla Chan, a então estudante de medicina que viraria sua namorada e, desde junho do ano passado, esposa. Antes do casamento, os dois já moravam juntos desde 2010 e Priscilla, de origem chinesa, incentivou Mark a estudar mandarim e visitar a China várias vezes desde então. Nesta imagem, o casal é flagrado em um passeio despretensioso nas ruas de Xangai, em março do ano passado.
Antes de ingressar em Harvard, em setembro de 2002, Mark já era um aficionado por computadores. Lá ele estudou psicologia e ciência da computação e foi membro da Alpha Epsilon Pi, uma fraternidade judaica, onde teria conhecido o brasileiro Eduardo Saverin. No segundo ano do curso, escreveu o programa CourseMatch, que ajudava usuários a fazerem escolha com base na conexão de outros alunos e formar grupos de estudos. Depois, criou o Facemash, programa em que os alunos selecionavam amigos “quentes” por meio de suas fotos, recolhidas de Face Books, livros que incluíam imagens e dados gerais dos estudantes. A invenção fez tanto sucesso que parou o servidor de Harvard e teve de ser desativada. Nascia, assim, a ideia de Zuckerberg fazer uma rede social para conectar todos – um pequeno sinal do que se tornaria o Facebook, em 2004. A rede foi fundada por ele neste ano com os colegas de faculdade Dustin Moskovitz, Chris Hughes e Saverin.
Mark foi eleito a personalidade do ano, em 2010, pela Time, um dos prêmios mais cobiçados por poderosos e celebridades em todo o mundo ( a reportagem virou mural da sede da empresa, em Palo Alto, como mostra a imagem).
A pizzaria Pinóquio, em Cambridge, lugar em que Zuckerberg frequentava nos tempos de faculdade virou um ponto turístico no local. Todos querem saber por onde ele passou e onde teve parte de algumas dessas ideias.
Em setembro de 2011, Zuckerberg deu uma palestra para explicar como funcionaria a timeline da sua rede social e, como exemplo, mostrou sua própria página, que começaria com a informação do seu nascimento. O que surpreendeu a todos foi o fato do dado ser incluído na rede com uma foto dele ainda bebê.
Na mesma conferência, voltada para desenvolvedores do Facebook, Mark apresentou as novidades mostrando sua própria página na rede social, o que impactou a todos os presentes. Nele, fotos de quando era criança, informações pessoais e imagens com a namorada puderam ser conferidas por todos – incluindo a do cachorro do casal, Beast.
Filho da psiquiatra Karen e do dentista Edward, Mark Zuckerberg nasceu em White Plains, no estado de Nova York, e tem três irmãs: Randi, Donna e Arielle. Eles foram criados em Dobbs Ferry.
Dentro de seu carro, Zuckerberg está ao lado de 'Drew' Andrew Houston, fundador e executivo-chefe da Dropbox. Eles esperam para estacionar na entrada do evento da empresa de investimentos Allen & Sun Valley, em julho do ano passado. A conferência é organizada todos os anos desde julho de 1983 e reúne os mais poderosos executivos de mídia do mundo – claro que Zuckerberg e Drew são os mais novos deles.
Até o cartão de apresentação do bilionário é um tanto excêntrico – e dispensa tradução, certo? Ninguém sabe de quem foi a ideia de elaborá-lo, mas o filme “A Rede Social” sugere que a proposta tenha sido feita por Sean Parker, criador do Napster e ex-sócio da empresa, e totalmente aderida por Zuckerberg. A brincadeira tinha o intuito de ser entregue como uma provocação a concorrentes ou pessoas interessadas em comprar parte da companhia – apesar de que, sim, ele tinha um cartão convencional para ser entregue aos demais tipos de contatos.
O primeiro-ministro da Rússia, Dmitry Medvedev, recebe uma camiseta de presente de Zuckerberg durante uma visita feita pelo jovem empresário à Rússia, a pedido do governo, com a finalidade de estimular a inovação no país. Em contrapartida, o Facebook angariaria mais adeptos à rede social – no mundo, mais de 1 bilhão de usuários estão conectados em países do mundo inteiro, com acessos feitos em 70 idiomas.
Mark cumprimenta Yoshihiko Noda, primeiro-ministro do Japão, durante a reunião na residência oficial do primeiro-ministro, em Tóquio, em março de 2012. O encontro foi um dos inúmeros feitos pelo empresário antes do IPO da companhia, que aconteceria no meio daquele mesmo ano.
Sempre de agasalho com capuz, Zuckerberg irritou alguns investidores ao dar sinais de imaturidade em reuniões, não apenas pelas roupas informais, mas pelo modo como aparentou não se preocupar em chamar a atenção deles.
Em 18 de maio do ano passado, imagens de Mark durante a abertura de capital do Facebook rechearam os telões da Times Square, centro comercial da cidade de Nova York e um dos lugares mais badalados do mundo. Os americanos tinham suas atenções voltadas para a transmissão ao vivo por um motivo bem compreensível: tratava-se do sétimo maior IPO da história, cuja captação chegou a US$ 16 bilhões.
Após a euforia da abertura de capital, os dias seguintes seguiram frustrantes aos otimistas. O Facebook foi acusado de esconder uma severa queda de receitas, antes da oferta inicial de ações. A repercussão negativa do caso foi sucedida pelo desabamento no preço das ações em bolsa e ao processo de um grupo de acionistas contra a empresa por fraude. O IPO mudou, então, do patamar histórico de grandioso para polêmico. A rede social fechou o ano de 2012 com uma receita 40% maior, de US$ 1,585 bilhão, mas seu lucro despencou em um ano de US$ 302 milhões para US$ 64 milhões no quarto trimestre do ano.
Depois de nove anos de namoro, Priscilla Chan se graduou na Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia no mesmo dia que o bilionário Zuckerberg completou 28 anos e, no dia seguinte, resolveram se casar. Os planos não deviam ser tão novos para eles – mas pegaram de surpresa até os amigos mais próximos do casal, segundo a imprensa. O casório gerou mais de 1 milhão de “likes” no Facebook e uma polêmica: de que Zuckerberg teria assinado um pacto pré-nupcial e aguardado o dia seguinte à abertura de capital da empresa para não ter de dividir seus bens com a esposa.
O quartel general do Facebook mudou de endereço na virada de 2012 e passou a ocupar o número 1601 de Willow Road, no condado de Menlo Park, California. A antiga sede em Palo Alto foi trocada por um complexo com dimensões afinadas ao novo tamanho da equipe - são 57 acres de terreno, que abrigam cerca de 2.000 empregados e capacidade para acolher outros 7.000. A propriedade, que antes era da Sun Microsystems, foi adquirida no início de 2011 e sofreu algumas reformas para ganhar um 'estilo Facebook'. As salas de reunião têm paredes de vidro, para que todos possam ver o que está acontecendo, e as paredes com grafites e desenhos deram um ar jovem às áreas de convivência.
Ben Gertzfield, funcionário do Facebook, toca o gongo que soa alto na sede da empresa, em Palo Alto, todas as vezes que um produto é lançado – nesta imagem, a novidade anunciada em uma coletiva de imprensa era o Facebook Places, um aplicativo que permite aos usuários documentar os lugares que eles já visitaram.
A sede do Facebook, em Palo Alto, atrai visitas ilustres por sua maneira diferente e descontraída de ambientar seus funcionários. Uma delas foi a do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em abril de 2011, quando ele então aproveitou a oportunidade para destacar seus pontos de vista sobre o déficit orçamentário. Na época, ele enfrentava uma batalha iminente com os republicanos no Congresso sobre questões fiscais. Mas o encontro também teve um tom mais eleve, com Obama a contar piadas ao jovem bilionário.
Beast, da raça sheepdog , é o novo integrante da família do casal Zuckerberg e Chan e foi apresentado ao mundo por meio de sua própria página na rede social. Abastecida pelo dono do cão, a página trazia informações sobre o animal de estimação, inclusive com informações de seu cotidiano. “Acabei de aprender a subir as escadas. Sou um campeão” dizia uma das mensagens que, claro, acabou sendo curtida por milhares de pessoas pelo mundo.
Nessa montagem, Zuckerberg aparece ao lado do ator Jesse Eisenberg, que o interpretou no filme “A Rede Social”, lançado em 2010, e que conta a história de como o jovem empresário criou a empresa que se tornaria o atual fenômeno dos negócios – e aborda a relação conturbada que ele manteve com os amigos que o ajudaram na empresa desde o início. Dirigido por David Fincher, o filme foi aclamado pela crítica mundial e recebeu oito indicações ao Oscar. Ficou com os prêmios de melhor roteiro adaptado, melhor edição e melhor trilha sonora original.
A história de como Zuckerberg passou a perna no bilionário brasileiro cofundador da rede social, Eduardo Saverin, era pouco conhecida até chegar às telas de cinema. Colega de quarto de Zuck em Harvard, Saverin teria sido o primeiro a apostar no Facebook, investindo US$ 15.000 na companhia quando ela dava seus primeiros passos. Porém, viu minguar sua participação na empresa depois de uma jogada orquestrada por Zuckerberg para afastá-lo das decisões operacionais da rede social. Em mensagens divulgadas pela Business Insider no ano passado, supostamente escritas por Zuckerberg, Saverin parece não ser apenas uma vítima. Elas mostram que Mark planejava cortar Saverin porque ele havia falhado em garantir o financiamento, além de ter usado a rede para veicular anúncios gratuitos para Joboozle, um de seus projetos paralelos. Zuckerberg chega a dizer ainda que não temeria mais ser espancado por “bandidos brasileiros”, ao acabar a parceria com Saverin. Depois da troca de farpas e de um acordo não revelado entre as partes, fechado em 2009, Saverin manteve uma participação de 5% na empresa – sua aposta inicial teria sido de mais de 30%.
Uma das características de Zuckerberg para conduzir a empresa é a de não hesitar em descartar qualquer um que cometa um deslize – mesmo que seja seu primeiro, mesmo que seja alguém de sua extrema confiança e tenha se dedicado por anos à empresa. Sean Parker, criador do Napster e também primeiro presidente do Facebook, é um exemplo. O executivo foi a peça-chave para assegurar o controle do bilionário sobre a rede social, mas foi descartado depois de sua primeira falha de comportamento e chamado de imaturo pelo ex-amigo. Com seu sucessor, Owen Van Natta, foi a mesma coisa. Ele era um ex-executivo da Amazon contratado que galgou espaço até se tornar, aos 36 anos, a pessoa mais velha da equipe e chefe de todos. Porém, depois de um lançamento desastroso da plataforma Beacon, Zuckerberg achou por bem substituir o comando da empresa por alguém com um perfil mais inovador.
Saverin não foi o único desafeto cultivado com afinco por Mark desde os tempos da faculdade. Os irmãos Tyler e Cameron Winklevoss parecem ser (até hoje) duas grandes pedras no sapato do empresário desde a criação da empresa. Meses após o surgimento do Facebook, os gêmeos passaram a acusar Zuckerberg de criar um site baseado na ideia e no código-fonte de uma rede social que eles haviam projetado (a Harvard Connection, mais tarde renomeada como ConnectU). Na versão dos irmãos, o futuro bilionário havia sido contratado por eles para ajudar na programação do site, por isso tinha acesso a toda estrutura. Em 2008, a briga foi (em parte) encerrada por um acordo judicial de 65 milhões de dólares em dinheiro e ações pagos por Zuckerberg a eles. Mais tarde, o processo foi reaberto com a alegação dos irmãos terem sido enganados sobre o valor real das ações do Facebook na época do acordo. Eles e Divy Narendra, parceiro no projeto ConnectU, pediam à corte que determinasse se o Facebook havia "intencionalmente ou de maneira inadvertida suprimir provas" durante as negociações. Os três desistiram da briga em junho do ano passado.
Toda essa exposição de Mark no Facebook torna a rede ainda mais popular, além de mostrar o quanto o seu criador confia na segurança do sistema de informações, certo? Dois episódios fizeram parecer que não é bem assim. No fim de 2011, uma falha de segurança nos servidores da empresa provocada por um usuário fez com que fotos particulares de Zuckerberg vazassem na web. Entre as fotografias, há imagens dele com a namorada, Priscilla Chan, na cozinha de sua casa em Palo Alto (Califórnia), descansando junto a seu cachorro e se divertindo com alguns amigos. Um ano depois, uma falha semelhante aconteceu a partir da página da irmã de Zuckerberg, Randi.
A rede social de Zuckerberg não atrai apenas pessoas jovens que querem se conectar de maneira diferente a que seus pais e avós faziam. Outras de mais idade também estão dispostas a encontrar e fazer novos amigos na rede, como é o caso da “vovó” do Facebook, Florence Detlor, de 101 anos. A usuária mais velha da rede social foi recebida, em agosto do ano passado, pelo presidente da empresa e pela chefe de operações, Sheryl Sandberg, na sede da companhia – uma iniciativa divulgada e curtida 6.440 vezes na página de Sheryl. O encontro seria uma maneira de incentivar mais idosos a usarem o serviço. Nos Estados Unidos uma pesquisa mostra que 53% dos americanos com mais de 65 anos utilizam a internet, mas apenas 34% deles acessam redes sociais.
Além de cuidar da rede social mais usada do mundo, Mark assumiu uma função completamente diferente da imaginável para um jovem bilionário rico e ambicioso. Em entrevista à Wired, o co-fundador e presidente do Facebook afirmou que virou professor de uma escola primária em East Menlo Park, na Califórnia. Sem especificar quando iniciou a empreitada, Zuckerberg explicou que dá aulas de empreendedorismo uma vez por semana. "Depois que o curso terminar, os alunos virão ao Facebook para vender os produtos que fizeram, como se estivessem divulgando-os de verdade", disse ele.
Randi Zuckerberg, irmã de Mark e diretora de marketing do Facebook, brinca no chão da New York Stock Exchange (NYSE), em Nova York, em setembro de 2011. Um mês antes, ela deixou o Facebook para, segundo sua carta de renúncia, criar "uma nova empresa de meios de comunicação (chamada RtoZ) para ajudar as empresas a ser mais 'sociais'".
Em 2011, o Facebook registrou na Junta Comercial do Estado de São Paulo (JUCESP) sua entrada no Brasil, poucos dias depois da contratação de Alexandre Hohagen, ex-presidente do Google, para comandar a filial brasileira. Com cerca de 50 funcionários, e espaço para contratar bem mais gente, a empresa conta com um escritório tão – ou mais – inventivo que o do Google. Com grafite estampado nas paredes, o local traz algumas mordomias aos funcionários, como café da manhã, almoço e janta gratuitos dentro da empresa, estúdios musicais, salão de jogos e muitas bandeiras internacionais - uma lembrança do alcance global da rede.
Zuckerberg foi chamado para o evento que reúne os principais líderes do mundo, no evento do G-8, mas não deixou de lado o que ele mesmo chama de “uniforme”: calça jeans, camiseta e tênis. Seu bom humor também não ficou em casa. Nesta imagem, ele e Maurice Levy, presidente do Publicis Group, gargalham de uma ironia feita durante o debate do evento.
Na sequência da imagem: Angela Merkel, chanceler da Alemanha, Nicolas Sarkozy, presidente da França, Maurice Levy, presidente do Publicis Group, Zuckerberg e Eric Schmidt, presidente do Google. A reunião deles se deu para o encontro do G-8 em Deauville, na França, em maio de 2011.
No evento, foi discutido como a Internet precisa de envolvimento do governo para alcançar o seu pleno potencial de unir as pessoas e impulsionar o crescimento econômico, disse o presidente da França, Nicolas Sarkozy. Na imagem, ele aparece em uma conversa informal com Mark depois da conferência.
A mais recente novidade trazida pelo Facebook, o Gráfico Social, ferramenta criada para facilitar a vida de quem usa a rede, com a busca de resultados por conexões e dados e não apenas por links, como faz o Google. O lançamento foi apresentado pelo empresário em um evento de mídia, em janeiro deste ano.
A jornalista Diane Sawyer, do programa Nightline, entrevista Zuckerberg enquanto ele lhe mostra a sede do Facebook, sobre a maneira como o site redefiniu a forma de uma geração se organizar e comunicar.
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