Os bilionários que mais ganharam e perderam em 2018
“Foi um ano difícil, mas para quem está gerando riqueza por meio de empresas a economia está forte", diz consultor
Da Redação
Publicado em 3 de janeiro de 2019 às 12h19.
Última atualização em 3 de janeiro de 2019 às 13h01.
Os mercados podem estar em declínio, mas isso não impediu a geração de muitas grandes fortunas em 2018.
A popularidade do Fortnite, o fenômeno que obrigou algumas pessoas a fazerem reabilitação contra o vício em videogames, deu ao produtor de jogos Tim Sweeney uma fortuna de US$ 7,2 bilhões em 2018. Autry Stephens tem US$ 11,4 bilhões depois que sua petroleira de capital fechado Endeavour Energy Resources recebeu ofertas que a avaliaram em US$ 15 bilhões.
“Foi um bom ano para a geração de riqueza”, disse Michael Zeuner, sócio-gerente da WE Family Offices. “Foi um ano difícil nos mercados financeiros, mas para as pessoas que estão gerando riqueza por meio de empresas, a economia em si está muito forte.”
Sweeney e Stephens foram apenas dois dos 31 indivíduos que passaram a fazer parte do Bloomberg Billionaires Index em 2018 mesmo com o aumento das tensões comerciais globais e a queda nos mercados, que eliminaram meio trilhão de dólares de riqueza do ranking.
A seguir, os bilionários que ganharam e perderam em 2018.
Vencedores
Os bilionários de Cingapura foram os que se deram melhor em dólares, ganhando US$ 2,5 bilhões. Isso elevou a riqueza dos mais ricos do país para um total global de US$ 38 bilhões.
Jeff Bezos, fundador da Amazon e o homem mais rico do mundo, foi o maior ganhador pelo segundo ano consecutivo em 2018. Seu patrimônio líquido cresceu cerca de US$ 24 bilhões, para US$ 123 bilhões. Mas até ele perdeu no segundo semestre do ano devido à queda dos mercados de ações. Desde o pico de setembro, Bezos viu sua fortuna cair US$ 45 bilhões.
Apesar do prejuízo total dos bilionários chineses em 2018, de quase US$ 76 bilhões, alguns dos mais ricos do país ainda saíram ganhando, entre eles Lei Jun, fundador da fabricante de smartphones chinesa Xiaomi. Jun ficou atrás apenas de Bezos entre os maiores ganhadores de 2018, adicionando US$ 8,6 bilhões à sua fortuna.
Perdedores
Os bilionários americanos tiveram a maior perda coletiva de 2018, US$ 76 bilhões, em grande parte devido à queda do mercado em dezembro. Mark Zuckerberg teve o pior declínio de 2018 devido às sucessivas crises do Facebook. Seu patrimônio líquido caiu quase US$ 20 bilhões, deixando o executivo de 34 anos com uma fortuna de US$ 53 bilhões.
Os chineses Wang Jianlin, Jack Ma e Ma Huateng foram três dos 10 maiores perdedores de 2018. Cinquenta pessoas deixaram o índice, incluindo 11 da China e de Hong Kong, nove dos EUA e quatro da Rússia.
Entre os que saíram da lista estão Andrej Babis, o primeiro-ministro da República Checa, cuja fortuna deriva de sua empresa química e agrícola Agrofert, e o magnata russo Oleg Deripaska, cujo patrimônio líquido atingiu uma mínima recorde com a queda das ações da Rusal devido à preocupação de que a gigante do alumínio poderia interromper parte da produção por causa de sanções dos EUA.
E 13 bilionários do ranking morreram em 2018, entre eles Paul Allen, da Microsoft, o incorporador imobiliário de Hong Kong Walter Kwok, e Vichai Srivaddhanaprabha, dono do time de futebol Leicester City, da Premier League.